Esporte

PÚBLICO ZERO CONTRA O BAHIA, NÃO! AINDA HÁ ESPERANÇA, POR IVAN DURÃO

Ivan Durão, economista, empresário e sócio do Bahia
| 20/07/2009 às 14:36
Durão gostaria de ter Péricles Chamusca como treinador do Bahia
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  Tenho acompanhado por setores da imprensa a intenção de alguns torcedores de desenvolver um movimento, denominado "Público Zero" que pretende incentivar, e até impedir, a presença da torcida do Bahia no jogo do próximo sábado contra o Vasco da Gama.

  Considero essa iniciativa absolutamente fora de propósito, na medida em que não agrega nada em relação à necessidade que temos no momento, de iniciar uma desejável e possível reação no campeonato. O Bahia sempre foi grande graças à força da sua apaixonada e fiel torcida, que em todos os momentos, bons ou ruins, esteve ao lado do time, incentivando e gerando expectativas de reversão das situações, por mais adversas que fossem.


  Estamos passando por um momento bastante delicado em relação à nossa posição na tabela de classificação, embora ainda em tempo de reverter a situação. Nossa campanha até agora está muito abaixo da expectativa que todos criamos, principalmente após a eleição do presidente Marcelo Guimarães Filho, e da contratação do Gestor de futebol Paulo Carneiro, que, com sua experiência no futebol, nos trouxe muita esperança de grandes jogadores com a conseqüente formação de um elenco forte, capaz, capaz de garantir a ascensão à primeira divisão do campeonato brasileiro.


  Devo declarar que ainda acredito na capacidade da diretoria de reverter a situação, apesar de reconhecer que algumas ações demoraram um pouco para serem tomadas, a exemplo da saída do treinador Alexandre Galo, que, como já disse anteriormente, desarrumou o time que vinha bem no campeonato baiano, o qual, inicialmente, era considerado como pré-temporada para o time, e chegamos no campeonato brasileiro sem um time base definido, fazendo ao longo dos oito primeiros jogos experiências com várias formações diferentes de jogadores a cada jogo.

  Além disso, a demora para entender que parte do elenco atual não tem condições de continuar, sendo urgente a reposição de jogadores, atrapalhou bastante a campanha. Outra questão relevante, é que não tínhamos um auxiliar técnico do clube, acompanhando os treinamentos, e, numa eventualidade pudesse substituir o treinador até a chegada de um novo, como o Ricardo Silva no Vitória. Se houvesse esse profissional, não teríamos a pressa na contratação de um técnico, como aconteceu com Paulo Comelli.

  Se não houvesse pressa, daria para contratar Péricles Chamusca que foi demitido do time que trabalhava no Japão logo após a chegada do atual treinador. Aliás, há muito tempo considero Péricles Chamusca um bom treinador para o Bahia.


  De qualquer forma, ainda dá tempo. Ainda acredito que poderemos alcançar uma das maiores metas (e promessas) do presidente Marcelo que é o retorno para a série "A". A segunda promessa, que também acredito, é a alteração do Estatuto para que haja eleição direta para o próximo mandato de presidente.

   Entendo também que o gestor Paulo Carneiro tem toda a condição de ajudar muito o Bahia nesse momento. Não é hora de contestar sua contratação, que foi uma decisão que dividiu opiniões de torcedores, mas que é uma realidade e precisamos maximizar sua potencialidade em prol do time. O momento é de agregar e somar esforços junto com o presidente Marcelo Guimarães Filho e com todos que compõem a atual diretoria, já que só unidos seremos fortes.

  Portanto, vamos lotar Pituaçú no próximo sábado, e conquistar uma grande vitória contra o Vasco da Gama, para marcar nossa arrancada em busca do nosso objetivo.