O jogo foi disputado, mas faltou gols. O time baiano fustigou desde o começo, em jogadas de velocidade, mas não finalizou bem. O Galo mineiro defendeu-se, procurou aquietar o jogo, esperando um erro para finalizar.
O domínio vermelho e preto foi mais constante na segunda etapa. Teve uma bola na trave, Roger e Apodi perderam boas oportunidades. A bola não quis entrar.
Já a defesa rubronegra, que jogou desfalcada dos titulares, improvisada, suportou bem.
Tem zagueiro chegando no Barradão: Fábio Ferreira, experiente, já atuou pelo Conrínthians.Leandro Domingues foi o melhor do jogo. Elegante no toque e inteligente.
O próximo jogo do Vitória é contra o Corinthians, em São Paulo. O time de Ronalducho venceu o Cruzeiro ( 2 a 1 em Belo Horizonte), que está na cola do rubronegro baiano.
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Ganhou uma!
Seis jogos sem ganhar, quase um ano sem experimentar uma só vitória fora do Estado, no sábado, enfim, o Bahêa venceu. Em Campina Grande, no alto da Serra da Borborema, interior da Paraíba. 2 x 1 em cima do rubronegro Campinense, o lanterninha da competição, a série B do futebol brasileiro.
Com o resultado, o time se afastou um pouco da zona de rebaixamento e já põe o olho na meta de alcançar os quatro primeiros. Certo, mas para tal precisa melhorar muito o futebol jogado em campo.
A partida em Campinha Grande, com todo respeito, foi um baba. Correria, pouca técnica e um campo irregular ... a bola andou apanhando de um e outro.
O tricolor baiano abriu o placar aos 25 minutos, após um chute forte do centroavante Reinaldo Alagoano que o goleiro deu rebote. O mesmo Reinaldo alcançou a sobra e fez.
O Campinense bem que tentou, mas o Bahia fez 2 x 0 logo no início do segundo tempo, numa bela jogada do promissor lateral Marco já na área adversária.
Minutos depois, o time da Borborema diminuiu, numa cobrança de falta a média distância que o goleiro Marcelo aceitou.
A partir daí o jogo ficou ‘lá-e-cá', disputado, mas o placar mantido.
Próximo adversário, em Pituaçu, é o Vasco da Gama (RJ), um dos favoritos a ascender à primeira divisão.
Comelli dispõe de alguns dias na semana para treinar e tentar o seu time, para dar ao grupo uma feição de equipe, implantar um esquema de jogo objetivo, em busca de uma vitória, essa sim, significativa.
Ganhar do Vasco é dar um alento ao torcedor e uma nova arrancada no intuito de conseguir a classificação para a série A - a meta é ficar entre os quatro primeiros classificados.
Esse é ‘o jogo' do novo treinador, sua quarta peleja no comando do plantel, agora melhorado com a chegada de Nadson, um goleador, e a reintegração do canhoto Leo Medeiros, o melhor passe do time.
Já no início dessa semana devem estar desembarcando nos campos de Itinga mais uns quatro novos contratados, desconhecidos, a pedido do treinador.
Temos de vê-los em campo. Chegam conhecidos ‘manjados' que não estão jogando nada e, às vezes, alguns desconhecidos surpreendem, crescem, despontam. Têm jogadores também arrumando malas e dando adeus ao fazendão. Dedo do treinador.
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Uma facção das torcidas uniformizadas do Bahêa, a que atende pela alcunha de ‘Terror Tricolor' (calma, moçada!), andou circulando um panfleto via internet pregando ‘público zero' no jogo contra o Vasco, em Pituaçu.
Entendo o direito de manifestação de todos, mas não acato a postura de ‘quanto pior, melhor'. Sem a força da torcida um time de massa como o Bahia não sobe.
A ladeira é íngreme, escorregadia, cheia de pedras. A pegada é forte na segundona.
É preciso raça, bola e sorte, energias positivas... essas vêm das arquibancadas.
O arrepiante hino do professor Adroaldo Ribeiro Costa, endereçado á torcida tricolor, diz numa das estrofes: ‘Ninguém nos vence em vibração!'
Pois é, ‘vibração' e não ‘danação'.
Bora Bahêa!