Pelo terceiro ano consecutivo, um clube brasileiro perde a decisão do torneio continental em casa.
Em 2007, o Boca Juniors levou a melhor sobre o Grêmio, no Olímpico, e no ano passado o Fluminense perdeu o título para a LDU, nos pênaltis, no Maracanã.
Com duas conquistas do torneio no currículo (1976 e 1997), o time celeste perdeu a chance de igualar o São Paulo como o time brasileiro com mais títulos na Libertadores e ainda viu escapar a chance de ir ao Mundial de Clubes no final do ano.
Mesmo com o apoio maciço da torcida, que não parou de cantar um minuto sequer, o Cruzeiro conseguiu abrir o placar apenas aos 6min do segundo tempo. O volante Henrique chutou com força, de longe, a bola desviou em Leandro Desábato e entrou no canto.
Os argentinos mostraram muita calma após o gol do Cruzeiro e de forma tranquila empataram a partida cinco minutos mais tarde. Christian Cellay foi lançado pela direita, cruzou e Gastón Fernández, dentro da pequena área, desviou para empatar.
Depois de igualar o marcador, o Estudiantes permaneceu jogando melhor na partida e conseguiu a virada inesperada aos 27min. Verón cruzou em cobrança de escanteio, o artilheiro da Libertadores, Mauro Boselli, cabeceou com força e fez o gol do título para os argentinos.
O Cruzeiro ainda teve uma grande chance de igualar a partida aos 41min. Em sobra na entrada da área, Thiago Ribeiro chutou de primeira, com muita força, e a bola acertou o travessão para desespero da torcida celeste, que lamentou a perda do torneio continental em casa com muito choro nas arquibancadas.
Após a partida, os jogadores do Cruzeiro não conseguiram segurar a tristeza e alguns deles saíram para o vestiário aos prantos, como foi o caso do volante Henrique.
Outro que chorou, mas de felicidade, foi o experiente Verón. O meia comemorou o fato de conquistar um título da Copa Libertadores pelo Estudiantes, assim como seu pai fez por três vezes, nos anos de 1968, 1969 e 1970.