Nem aí pro Santos (SP), na boca da noite de domingo.
Mal começou, aos 3 minutos, chutão da zaga baiana, a defensiva paulista cochilou, o goleirão saiu atarantado ... o centroavante Roger aproveitou e fez 1 x 0; grátis.
Sem deixar o time peixeiro respirar, aos 15 minutos o mesmo Roger foi lançado na área, livrou-se dos zagueiros e fez 2 x 0.
Na velocidade, encaixando bem os passes nos contra-ataques, o rubrongro fez 3 x 0 aos 23 minutos, William escorando de pé um cruzamento de fundo do lateral Leandrinho.
Aos 29, sem arrefecer a pressão, o zagueiro Vitor Ramos escorou de pé uma jogada de canto e fez 4 x 0.
O time santista chutou a primeira bola na meta adversária aos 34, e conseguiu um pênalti aos 46, já nos acréscimos, depois de uma pixotada de Vitor Ramos. 4 x 1 só no primeiro tempo. De nada valeu o treinador Mancini (ex-rubronegro) dizer que conhecia bem o plantel do time baiano; não soube como segurar a meninada.
Um ‘vareio' de bola, para delírio do torcedor.
O Santos voltou mais esperto, pra cima, na segunda etapa; e fez 2 x 4 aos 16 minutos, numa cabeçada de Ganso.
O Vitória retomou as rédeas do jogo e, aos 23 minutos, o zagueiro Wallace avançado foi derrubado na área santista. Pênalti, que Leandro Domingues converteu e fez 5 x 2.
Batido em campo, o time santista assistiu o baixinho Jackson, de testa, fazer 6 x 2,
fechando o caixão.
Foi a maior goleada, o placar mais elástico da competição, até agora.
E o Vitória, classificado entre os primeiros, ganhando e sobrando, é o único dos times invicto em casa.
Quer mais?
Destaques para o meia Leandro Domingues, o dono do meio campo, tocando, virando, dando ritmo, lançando com precisão e chutando em gol, um camisa 10 de respeito.
E também para o atacante Roger, que fez as pazes com a bola e o gol. Artilheiro.
Quinta-feira, em Recife, o time, cheio de graça, pega o Náutico (PE). Rivalidade!
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Martírio tricolor
O fantasma é medonho. O bicho é assombroso de verdade, vagueia pelas bandas de Itinga, tricolorido e mal-acabado.
No sábado, de treinador novo no banco, o Bahêa levou um humilhante 4 x 1 do América de Natal, no RGN. Mais uma goleada, de quatro.
Pior. A mexida do incauto treinador estreante no sistema defensivo do time foi desastrosa. Escalou três zagueiros, liberando os laterais para o apoio e os cruzamentos.
Santa ousadia, não fosse um pequeno detalhe: quem cobriria o lado direito da defesa com a subida liberada do lateral Marcos?
Pois como nenhum dos três zagueiros escalados assumiu a responsabilidade, por ali, naquele espaço vazio o América construiu como bem quis o placar. Dois chutes no primeiro tempo, do mesmo lugar, os atacantes livres de marcação dentro da grande área e de cara com o goleiro. Um gol atrás do outro. No segundo tempo, uma cabeçada, no mesmíssimo espaço aberto, o quarto gol que liquidaria um esboço de reação tricolor.
No primeiro tempo teve até gol de bicudinha de um zagueiro, livre, da marca do pênalti.
A cobertura da lateral direita não poderia ser atribuição do frente-de-zaga Leandro, improvisado de zagueiro, porque esse atleta nunca atuou naquele setor e nem treinou o suficiente durante a semana.
Menos ainda seria atribuição do pernudo e lento - de corpo e raciocínio - becão Evaldo, duro e sem mobilidade para a função. Nem, o terceiro zagueiro, atua pela esquerda...
Então o espaço ficou á mercê dos potiguares que por aquele caminho construíram a goleada.
Colé Comelli ?
No final, o dito disse nas latinhas das rádios que não teve tempo de conhecer o plantel. Ora, então por que mexeu na zaga se não conhecia a característica dos atletas? Deixava como antes e observava...
Quando mexeu trocando peças ofensivas para o segundo tempo o time até que melhorou. Mas o placar, ingrato, já era 3 x 0 ... a vaquinha atolada no brejo.
No mais, o goleiro Marcelo a berrar e cair sem ver a bola, Ávine a correr feito louco, os ‘meias' buscando sem achar a pelota, Joãozinho bordejando e bocejando...
Apenas Reinaldo brigando na frente - o mais lúcido, acreditem, fez gol, chutou duas ou três com perigo, tentou.
Na segunda etapa o tricolor foi pra cima, criou alguma coisa, meteu duas na trave ...
Mas o peso da incompetência e o fantasma do azar assustam.
Comelli não vai ter tempo de conhecer melhor o plantel e tem a obrigação de escalar melhor o time que enfrentará na noite dessa terça, em Pituaçu, o Bragantino (SP).
Mais uma derrota ou mesmo um empate em casa e o Bahêa adentra na macabra zona de rebaixamento para a terceira divisão, a volta ao inferno, cruz credo !
Se o fantasma da segundona já é de meter medo, imaginem a terceirona!
O torcedor tricolor anda apavorado e envergonhado.
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Copa 2014
Leio nas folhas impressas que os governadores dos estados onde vão acontecer os jogos da copa do mundo brasileira de futebol, ora, já se dão conta de que os cofres e os bolsos estão vazios e não sabem como arrumar dinheiro, gordo, para as tantas obras que precisam ser feitas para que possam abrigar o evento em seus estados e, assim, também possam tirar proveito político-eleitoreiro do acontecimento.
E já se armam, de pires nas mãos e muito chororó no gogó, para irem a Brasília pedir aos donos do cofre o dinheirinho da viúva; leia-se, o dinheiro nosso de cada dia arrecadado vorazmente com os impostos.
Isso se o bigodudo do senado e seus comparsas de todos os naipes deixaram ainda algum sobrando.
A pergunta é: quem vai bancar a copa?