Insatisfeito com o comportamento dos torcedores que compareceram ao Palestra Itália na noite desta quinta-feira, o técnico Vanderlei Luxemburgo admitiu que a entrada de Obina ainda no primeiro tempo serviu para alterar o ânimo das arquibancadas durante o empate por 1 a 1 com o Nacional, do Uruguai, na abertura do duelo das quartas-de-final da Libertadores da América.

Contratado na segunda-feira e apresentado na terça, o ex-flamenguista foi a campo dois dias depois pela primeira vez com a camisa alviverde, substituindo o volante Souza aos 28min do primeiro tempo. Segundo o treinador, mesmo que o atacante atravesse má fase e não tenha marcado gols neste ano, Obina serviu como um fator de motivação.

"Usei este momento para tentar mexer com o torcedor. Poderia colocar o Ortigoza, que vinha de mais seqüência e tem entrado bem nos últimos jogos, mas usei mais a parte emocional para criar um ambiente mais propício", disse. "Estava frio o estádio, o jogo estava morno e ele entrou para mudar isso", disse o treinador, bastante criticado nesta noite, quando inclusive discutiu com torcedores ao ser xingado.

Em sua estréia, Obina não encerrou o jejum de gols, mas demonstrou a raça e dedicação que havia prometido em sua apresentação no novo clube. Com atuação fraca e nenhuma chance clara de gol, o atacante até chegou a ser ovacionado em alguns lances no gramado, fato que se tornou raro com o decorrer do jogo. Na chegada ao estádio, antes do duelo, os palmeirenses receberam bem o novo reforço aos gritos de "Obina é melhor que Eto'o" (famoso nos tempos de Flamengo) e pediram a entrada do jogador nos minutos iniciais.

"Foi bom para mim", disse o ex-atacante rubro-negro. "Entrei logo no início de um jogo difícil, complicado. Lutei bastante para ajudar o Palmeiras. A torcida aplaudiu na hora da minha entrada e cada dia vai ser mais importante esse carinho. Vou lutar ao máximo para retribuir isso", afirmou.

Redação Terra