Um domingo de decisões nos campeonatos estaduais. Mas, somente dois jogos foram emocionantes: o BAXVI, decidido no final do segundo tempo, pelo Vitória; e o Flamengo x Botafogo, decisão que saiu nos pênaltis, favorável ao Fla, em cima do seu antigo freguês. Em São Paulo, como esperado, deu Corinthians, no jogo contra o Santos. No Ceará o Fortaleza é tri. Em Goiás, o Goiás é o campeão. No Panará, o Atlético Paranaense. Em Minas, o Cruzeiro. E, em Santa Catarina, o Avaí, time de Guga.

   O BAxVI foi sensacional. O Bahia terminou o primeiro tempo vencendo por 2x0 e com pinta de campeão e possibilidade de dar uma goleada histórica no Vitória, no Barradão. Mas, Neto Baiano fez a diferença depois que Reinaldo Alagoano perdeu um gol que poderia ter decidido o jogo em favor do Bahia. No final, o endiabrado Apodi também ajudou na conquista do tri.

  O Vitória, a rigor,  fez valer a vantagem de ter feito a melhor campanha na primeira fase e de ter triunfado no jogo de ida por 2 a 1 para conquistar o tricampeonato Baiano. A consagração veio diante do maior rival, o Bahia, após um empate por 2 a 2, neste domingo.

  Apesar do empate, o Bahia virou o intervalo como campeão com uma vitória parcial por 2 a 0, com gols de Reinaldo Alagoano e Ávine. Até que Neto Baiano, então apático no jogo, resolveu aparecer e marcar aos 19min do segundo tempo. Por fim, o veterano Ramon, aos 43min, encerrou o Baianão cobrando pênalti e confirmou o tri do Vitória.

  Neto Baiano, além de ver o clube se sagrar tricampeão, conquista o prêmio de maior goleador do Campeonato Baiano. O atacante marcou 18 gols, com muita sobra para o segundo artilheiro da competição: Robert, que fez 13 a serviço do Atlético de Alagoinhas.

Com a conquista deste domingo, o Vitória - que iniciou o ano treinado por Vagner Mancini, hoje no Santos - mantém a hegemonia estadual. Com esta taça, são seis nos últimos sete Campeonatos Baianos - apenas o Colo Colo de Ilhéus impediu em 2006 uma soberania ainda maior. Já o Bahia aumenta o jejum, uma vez que não vence o torneio desde 2001.

CORINTHIANS

Seis anos depois de sua última conquista no Estado, o Corinthians voltou a levantar o título de campeão paulista na tarde deste domingo. Com campanha sem derrotas na edição deste ano e já detentor da Taça dos Invictos, o time de Mano Menezes soube jogar com a vantagem obtida na primeira partida, na Vila Belmiro, segurou o empate por 1 a 1 com o Santos e festejou a conquista diante de seus torcedores, que lotaram o Estádio do Pacaembu mais uma vez.

Com treze vitórias e dez empates no Paulista, a equipe do Parque São Jorge comemora neste domingo a sua 26ª conquista de sua história, justamente no lugar onde mais costuma mandar suas partidas. Neste ano, o estádio municipal foi palco de nove triunfos e quatro empates. No entanto, esta é apenas a terceira festa de título que o clube faz no local, já que faturou as edições de 1951 e 1954 no Pacaembu, também em Paulistas.

O feito corintiano representa o fim de um jejum 37 anos no Estadual de São Paulo, que não conhece um campeão invicta desde 1972, edição faturada pelo Palmeiras. Com a conquista sem derrotas de 2009, o time alvinegro se torna o maior campeão da competição também sem tropeços, agora com cinco títulos sem ser batido em nenhuma partida. O clube da Zona Leste venceu o Paulista desta forma em 1914, 1916, 1929 e 1938, deixando para trás assim o rival alviverde, que comemorou em quatro ocasiões, enquanto o São Paulo tem somente um título invicto.

No terceiro encontro entre as equipes nesta temporada (após vitórias por 1 a 0 no Pacaembu e 3 a 1 na Vila Belmiro), o time paulistano foi pressionado durante os primeiros 45 minutos, mas soube administrar a vantagem construída na Baixada para se sagrar campeão. Aos 28min de bola rolando, depois de vez o ataque visitante perder diversas oportunidades de abrir o placar, o pequeno número de torcedores santistas que estava no Pacaembu festejou o gol marcado por Kléber Pereira em cobrança de pênalti, lance que resultou em muitas reclamações dos corintianos.

FLA É TRI CARIOCA

a história de 2007 e 2008 se repetiu no Rio de Janeiro neste domingo. Flamengo e Botafogo se enfrentaram na final do Campeonato Carioca e, pela terceira decisão consecutiva, o time rubro-negro derrotou o rival e conquistou o campeonato estadual. Desta vez, o elenco comandado por Cuca venceu o clube alvinegro nos pênaltis após um 2 a 2 no tempo normal e ficou com o título.

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Agora, com mais esse título, o Flamengo alcança mais um número invejável no Rio de Janeiro. O clube chega ao seu 30º título estadual e iguala o rival Fluminense como o maior vencedor do Rio de Janeiro. O Botafogo, por outro lado, tem 18 troféus.

Além desses números, o técnico rubro-negro, Cuca, desencanta em sua carreira de treinador ao conquistar seu primeiro título de expressão e acabar de vez com a "síndrome do vice". Nos dois últimos anos, quando o Botafogo ficou com o vice, o técnico era o próprio Cuca. Mas a síndrome parece ter acabado.

Outro número impressionante é o de torcedores no Maracanã. 78.393 amantes do futebol assistiram ao duelo e proporcionaram uma renda de R$ 1.989.415.
 

O Flamengo saiu na frente com Kleberson, de cabeça, e ampliou novamente com o pentacampeão do mundo, cobrando falta. No segundo tempo, o Botafogo foi melhor e conseguiu empatar com Juninho e Túlio Souza.

Nas cobranças de pênaltis, Leandro Guarreiro e Juninho desperdiçaram e o Flamengo enfim conquistou o tricampeonato estadual.

Flamengo 2 (4) x (2) 2 Botafogo