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TIMES DO INTERIOR PARECEM TREMER NAS DECISÕES, POR ZÉDEJESUSBARRÊTO

Vide
| 20/04/2009 às 17:06
 

O mesmo placar, circunstâncias parecidas, reclamações convergentes. Assim foi a rodada inicial do quadrangular que decide o campeonato baiano, alargando ainda mais o caminho para um BaVi na final.


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2 x 1 para o Vitória, em Alagoinhas. 2 x 1 para o Bahia, em Feira. Nenhuma novidade, os times interioranos parecem tremer nas decisões. Nos últimos 40 anos, o único clube interiorano que contrariou a regra foi o Colo-Colo de Ilhéus, que bateu o Vitória no Barradão e conquistou o título de 2006.


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Falo ‘tremer' pelas circunstâncias dos dois jogos.

Dentro de seus domínios, esperávamos que o Atlético e o Fluminense mandassem no jogo, acuassem os ‘favoritos' Ba Vi. Mas cadê? 


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O Carcará de Alagoinhas até começou bem, sufocando o rubronegro, porém seu goleiro deixou passar um frango, aceitando a cobrança de falta despretensiosa do meia Ramon, com a pelota quicando à sua frente e passando entre seus braços. O erro desestabilizou a defesa do time que, na seqüência, apreciou o craque-vovô Jackson passear entre a zaga, driblar o goleiro e fazer um golaço! O Carcará demorou a reagir e diminuiu com uma cabeçada do artilheiro Robert, aproveitando-se de uma saída errada e um tapinha ‘caça borboleta' do goleiro Viafra.

O Vitória suportou a pressão e administrou a vantagem até o final.


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Em Feira de Santana deu-se o mesmo. O Bahia acuou o Fluminense, mas só marcou em dois erros gritantes dos defensores do Touro do Sertão. No primeiro, a zaga não conseguiu cortar um cruzamento rasteiro da direita e do outro lado apareceu Reinaldo livre para marcar.  O segundo, logo depois, aconteceu em decorrência de um tiro de meta errado do goleiro que o zagueiro tentou remendar e entregou nos pés de Beto, livre, na meia lua; o atacante não perdoou.  O Flu ainda marcou no segundo tempo, num bom arremate de Brazão que o goleirão Marcelo aceitou, caindo atrasado.  Com a saída do zagueiro Nem, machucado, o Flu teve uma ou duas chances, mas o Bahia, nos contra-ataques, também desperdiçou boas oportunidades. O jogo de volta promete.


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No quesito ‘reclamações', os técnicos bateram na mesma tecla.

O rubronegro Carpegiani reclamou do piso pesado, enlameado do Carneirão, em Alagoinhas. 

O tricolor Galo chiou do piso duro e irregular do Jóia da Princesa, em Feira. 

Os treinadores perdedores (Ferreira e Nazareno) lamentaram os ‘erros individuais'  e juraram forra na revanche, quarta, em solo inimigo.



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Bahia e Vitória levam vantagem - podem empatar e até perder pelo mesmo escore, 

2 x 1 -  , jogam em casa diante da torcida, mas nada está decidido.

Atlético e Fluminense terão de partir pra cima, só lhes cabe atacar para vencer com diferença de dois gols, se realmente almejam o título.

Como se sabe, futebol é jogo de bola e bola não tem juízo, então...   aguardemos.


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Pra variar, as arbitragens, em Feira e Alagoinhas, foram ruins. Faltas inventadas e invertidas, muita sopração de apito, cartões sem critérios, jogos truncados e atletas irritados com as marcações equivocadas. Os árbitros baianos podem conhecer as regras mas mostram a cada jogo que nada entendem de futebol jogado em campo. Inseguros, interpretam mal os lances e quase sempre prejudicam o espetáculo.


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No âmbito nacional, destaque para a decisiva atuação de Ronaldo, o chamado ‘fenômeno', com a camisa 9 do Corínthians de Mano Menezes; a conquista antecipada do Sport do Recife, absoluto em Pernambuco; e a goleada histórica do Inter, 8 x 1, campeão gaúcho.