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ZÉDEJESUSBARRÊTO ADVERTE O VITÓRIA: EM TÉCNICO QUE GANHA NÃO SE MEXE

Vide
| 09/04/2009 às 18:29
Lionel Messi o fora-de-série do Barcelona, time que dá gosto de ser ver
Foto: Foto: Arquivo

A atuação e os resultados obtidos pelos clubes baianos na rodada pela Copa do Brasil merecem algumas reflexões desapaixonadas.

O Vitória foi ao Rio grande do Sul e arrancou um belo triunfo sobre o Juventude de Caxias, 2 x 1, jogando bem. Não é fácil vencer o time gaúcho em seus domínios.

 O golaço de Bida, aos 39 do segundo tempo, cobrando falta do meio da rua é um prêmio ao atleta forjado nos campinhos de várzea de Mussurunga e Bairro da Paz, que vem jogando com elegância e eficiência há algum tempo no meio-campo rubronegro.

O narrador Sílvio Mendes o chama de Bidane, numa referência ao futebol de Zidane, um dos maiores astros do futebol francês de todos os tempos e que nós, brasileiros, bem conhecemos de Copa do Mundo.

 Fica somente a pergunta aos dirigentes: Ora, se o time vem invicto e rendendo bem sob a direção técnica do caseiro Ricardo Silva, que, invicto, conhece tão bem cada atleta, cada virtude e cada deficiência rubronegra, por que então essa agonia em contratar um treinador novo, de renome, caríssimo, e que vai chegar com toda uma equipe nova para conhecer o clube, as instalações, os recursos e o plantel até implantar novos métodos de trabalho e impor seu sistema de jogo?  Dará certo?  Não vai quebrar uma continuidade de trabalho que vem tendo êxito e dando resultados? 

 Fala-se em Carpegiani como novo treinador. Não se discute a capacidade dele. Mas quem garante que, com ele, os resultados positivos virão? O plantel reagirá bem a seus métodos? Cada contratação no futebol, seja de atleta ou de treinador, é um risco, todo sabemos. Jogo é jogo.   E a torcida quer ver o time ganhando, não importa quem esteja sentado no banco orientando.

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 O Bahia, com Pituaçu fervendo em noite de lua cheia, só empatou com o duro time do Coritiba. Jogou melhor, atacou mais, fez um bom primeiro tempo, mas errou em detalhes. No futebol, sobretudo quando se joga contra boas equipes, pequenas falhas podem acarretar em desagradáveis surpresas.  2 x 2, um placar ruim que pode decretar a eliminação do time na próxima quarta-feira no segundo jogo, lá no Paraná. E na casa do adversário o jogo se torna bem mais difícil, todos sabemos.

 O tricolor atacava sob pressão da torcida quando, num lance de desatenção do meiocampista Leo Medeiros a pelota foi roubada e metida na entrada da grande área para o Marcelinho Paraíba, livre, que meteu a canhota e acertou o ângulo. Craque é assim, deu chance ele faz. Por isso ele foi contratado pelo ‘coxa’ com salário em torno de 150 mil mensais, mesmo já no ocaso da brilhante carreira. Fez a diferença.

 O Bahia reagiu, fez dois gols na raça, e acabou o primeiro tempo aplaudido pela massa, que há  muito não via o time atuar tão bem, mandando no jogo. Mas... veio o segundo tempo e o pessoal ainda arrotava a laranjada tomada no vestiário quando, sem o tricolor tocar na bola, aos 30 segundos de jogo, o mesmo Marcelinho caiu nas costas do lateral Patrício, deu uma paulada, o goleirão Marcelo bateu roupa e o Coxa fez 2 x 2.

 Daí pra frente, o treinador Gallo fez substituições, mais por cansaço e contusões de alguns atletas do que por opções táticas, e o time caiu tecnicamente, perdeu o meio-campo e não conseguiu furar o bloqueio do time Paranaense. Criou poucas chances de gol.  A torcida não gostou do que viu no segundo tempo e vaiou.

 Ou seja, os 11 titulares, em perfeitas condições físicas, até que armam um time competitivo e razoável, tecnicamente. Mas quando é preciso fazer substituições... o tricolor torna-se um timeco qualquer. É preciso reforçar o plantel e dispensar os ‘come-e-dorme’. Já, porque  ninguém mais aguenta o Bahia na segundona. E o torcedor que o campeonato baiano. É preciso atitude e futebol!

 
Estão chegando Joãozinho, atacante; Dedé, um lateral direito e mais outro reforço para o meio-campo ainda esta semana.

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Quem gosta de bola bem jogada, atenção! O melhor futebol do planeta quem está jogando hoje e agora é o Barcelona de Dani Alves (o nosso Daniel), do espanhol Xavi Hernandes, do camaronês Eto’o, do francês Therri Henry e, sobretudo, do argentino Messi, um fora-de-série.  O time catalão joga  com vocação de ataque, tocando rápido, buscando o gol todo o tempo, como nos velhos tempos. Três, quatro atacantes, nada de retranca. Bonito de se ver.