Afinal, o torcedor é apenas um detalhe.
Espero que haja bolas, que não esqueçam a pelota na hora agá.
Pois bem, passo por lá com olhar curioso e pergunto: partindo do centro da cidade, antes de chegar na virada à direita da Paralela em direção a avenida que liga à orla e dá acesso ao estádio tem uma rampa de asfalto recente, bloqueada de meio-fio. Servirá pra quê? Algum acesso restrito ao estádio, ainda não liberado?
Ao lado desse acesso sem nenhuma sinalização, derrubaram um resto de mata e abriram um imenso buracão que teria sido interditado (?), mas está lá, visível, com o mato tomando conta. Alguma serventia? Aquele buracão seria usado como? E já que está por lá... não se engane, os flanelinhas darão um jeito, porão pedras, tábuas e criarão acesso para um precário estacionamento ali, na tora! Não seria melhor algo decente, pavimentado, regulamentado, ao invés daquela cratera lunar?
Ainda sobre onde e como estacionar: O estacionamento da UCSal será utilizado? Quantos carro cabem por lá? E nas imediações e trechos da avenida Pinto de Aguiar? Descendo mais adiante, pela Paralela em direção ao aeroporto, quantos veículos poderão caber no espaço defronte do lojão Ferreira Soares?
Algum estudo foi feito nesse sentido, por alguém que entenda de espaço, tráfego, trânsito, multidão, etc...?
Meu Deus!!! Como até agora não tinha sido pensado ainda a questão da venda de ingressos, bilheterias, portões... ? E os vendedores de churrasquinho, cerveja, pipocas, roletes, amendoins, picolés, camisas, bandeiras, tabuleiros e isopores... fora e dentro do estádio?
Ninguém tinha matutado sobre a existência e presença deles? Num espaço adequado, num credenciamento, na obrigatória paradinha do torcedor para ‘molhar o bico' do lado de fora enquanto espera o resto da turma para entrar junto no estádio?
Olha, esse pessoal parece que nunca foi como torcedor a um campo de bola, nunca freqüentou a velha Fonte Nova, não sabe o que arquibancada, geral, nunca mordeu/chupou um rolete, daqueles dentro do saco ou fincados no pauzinho... infelizmente.
E tem mais: Os bares, as lanchonetes dentro do estádio, ficarão onde?... até agora, nada definido. É o pessoal do Bahia que vai escolher da última hora qualquer um de seus apadrinhados? Algum controle de qualidade? Como é isso? Não tinham pensado?
Ontem estavam ainda pregando os assentos de ‘prástico', com furadeiras, sobre o cimento. Bonitinhos, largos, espero que não arranquem e levem pra casa como suvenir.
Sinto falta de grandes matérias, entrevistas, anúncios de página (bancados pelo Estado, claro) explicando ao povo o que é Pituaçu, como se chega, como se tem acesso, as bilheterias, as entradas e saídas, o mictótio/cagatório, as lanchnetes, as cabines, o mapinha do estádio e das redondezas, as linhas de ônibus, as emergências, as execelências do novo equipamento urbano ... etc... com a sinalização de tudo, óbvio.
E mais ainda: É preciso se fazer via tevê, jornais, sites e sobretudo as emissoras de rádio uma ampla e insistente campanha de proteção, conservação, manutenção do estádio, um equipamento da cidade, do cidadão, que deve ser preservado, bem cuidado por todos nós... URGENTE!!!
Pois é somente com educação, com conscientização que se consegue chegar à civilidade... e não com a repressão, distribuindo porrada.
Espero tudo de bom para Pituaçu, juro. Para os torcedores (que bem merecem), os clubes, os que trabalham... mas que a ‘coisa' lá tem sido uma trapalhada só, desde os primeiros anúncios de inauguração... isso é fato.
Pô! Não se pode reabrir um estádio assim, sem uma promoção, sem uma campanha publicitária, sem nenhum atrativo, nada! Cadê os marqueteiros ? Do governo, da Sudesb, da Federação Baiana de Futebol, do ‘novo' Bahêêa!
Tenham dó!
Há ainda, dentro e fora, um monte de ações e retoques a fazer e o torcedor se vê, se sente relegado a um terceiro plano, sem a prioridade óbvia, lembrado de última hora, no corre-corre...
Parem com isso! Quanto amadorismo!
Pobre, triste e provinciana Bahia! Não dá pra entender.