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Projeto será entregue na CBF na tarde desta quarta-feira, segundo Nilton Vasconcelos
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O secretário estadual de Trabalho, Emprego, Renda e Esportes da Bahia, Nilton Vasconcelos, afirmou durante entrevista a rádio Nova Salvador FM na manhã desta quarta-feira, 14, que a Setepla, empresa vencedora da reforma do Estádio da Fonte Nova para a Copa do Mundo de 2014, vai entregar na tarde de hoje o projeto a CBF, ao lado de representantes do governo do Estado.
Vasconcelos está otimista em relação a reforma da FN com base no Estádio de Hannover, Alemanha, mas admitiu que crise financeira mundial que se iniciou em setembro do ano passado, pode atrapalhar a execução do projeto através de uma PPP - Parceria Público Privada. A estimativa inicial é de desembolso da ordem de R$300 milhões e o governo da Bahia, embora tenha esse dinheiro em caixa, não vai se dispor a realizar uma obra desse porte sozinho.
Para Vasconcelos, a hipótese do governo da Bahia bancar esta reforma juntamente com o apoio do governo federal, sozinhos, é uma situação extrema. Embora, ela exista. Uma segunda hipótese, da PPP, esbarra no fato de que a iniciativa privada - pelo menos até agora - não se mostrou interessada em aplicar recursos no entorno da Fonte - área do Dique do Tororó, Nazaré e Brotas - em edificações de porte para residências e shoppings. O que seria uma contra-partida ao investimento na Fonte.
PREOCUPA
É claro que a situação é preocupante. Mas, nada que assuste o governo, diz o secretário Nilton Vasconcelos, bastante otimista em relação a Salvador ser uma das três sub-sedes da Copa do Mundo 2014 na região Nordeste do país. A questão preocupante está relacionada a elevação do custo do dinheiro. Ou seja, o projeto inicial que previa algo em torno de R$300 milhões, a essa altura dos acontecimentos, já está bem acima.
Além do que, como as exigências da FIFA são de que até final de 2012 as instalações para a Copa estejam prontas, a crise mundial da economia representa um novo ingrediente dentro do processo, uma vez que as licitações - no caso da Bahia e outros - serão realizadas entre junho e novembro deste ano, em pleno epicentro da crise.
O Brasil, em análise feita recentemente por analistas do mercado financeiro mundial, não será tão atingido pela recessão que já assusta a maior economia mundial, a dos Estados Unidos. De toda forma, como o Brasil está no BRIC (países emergentes ao lado de China, Rússia e Índia) e inserido no contexto mundial ninguém consegue fazer previsões sustentáveis em qualquer lógica.
A Bahia experimentou em outubro último um saldo negativo de 6.000 empregos. Em novembro e dezembro meses de aquecimento da economia, quando se esperava uma maior geração de empregos, a situação foi de meses considerados normais. Atípicos, portanto. Em 2009, a tendência será de queda na geração de empregos e investimentos novos.