Esporte

A ELEIÇÃO NO BAHIA E O QUE A HISTÓRIA NOS ENSINA, POR IVAN DURÃO

Ivan Durão é economista, empresário e sócio do Bahia
| 03/12/2008 às 18:12
Momentos da história do glorioso Esporte Clube Bahia
Foto: Foto: Arquivo
  Quando crianças aprendemos com os livros que a História não é escrita ao acaso e sim por homens que nos momentos decisivos tomam decisões desafiadoras, que muitas vezes contrariam os seus instintos, mas que fazem a diferença para centenas, milhares, milhões de pessoas.
 
  Nos últimos anos milhões de baianos têm sofrido a angústia de testemunhar uma história gloriosa, construída com sacrifícios, dedicação e acima de tudo coragem de muitos homens, tornarem-se a resenha de frustrações.

  E eu estou entre esses milhões, dividindo com cada um deles as angústias e sofrimentos de ver o maior de todos os clubes nordestinos, amargando uma realidade nefasta que não honra a sua História e tradição.
 
  Mas, como disse no início deste artigo, a História é escrita por homens que nos momentos decisivos tomam decisões desafiadoras. Todos nós que amamos o Bahia temos plena consciência de que é preciso uma transformação redentora para que o nosso clube retorne ao lugar que merece na História e esta é uma semana que pode ser decisiva para que esse tão sonhado objetivo se concretize.

  Como não poderia deixar de ser, a eleição para a escolha do futuro presidente criou uma efervescência emocional, mobilizando todas as paixões azul, vermelho e branco. Mas exatamente nos momentos de crise é importante se procurar manter a cabeça no lugar. É o que a História nos ensina.

  Esta eleição vai ocorrer através do Conselho. E isso foi acordado entre situação e oposição. De uma forma objetiva, os que se opõem a atual diretoria não têm voto suficiente para garantir a vitória e nem tão pouco, argumento jurídico consistente para impedir a posse do presidente que vier a ser eleito.

  Mas eu, assim como eles e a grande massa que forma a torcida do Bahia, quero um presidente da mudança.

  Ou seja: não importa o nome, queremos um presidente que faça as transformações necessárias para o Bahia reassumir o seu papel na História.
 
  Mas para fazer isso, é preciso primeiro ser eleito e, honestamente, quem tem condições de sair eleito nesta eleição do Conselho chama-se Marcelo Guimarães Filho.
 
  Então, porque ao invés de Marcelo Guimarães Filho ser o candidato do conselho, não fazê-lo candidato do Bahia? Fazer com que ele assuma compromissos, não com A ou B, mas com os milhões de torcedores do nosso clube?

  Uma aliança que começa com o compromisso público dele ter como primeiro ato da sua presidência, a mudança no estatuto, determinando que a eleição da próxima diretoria será pelo voto direto.
 
  Um presidente capaz de compor a sua diretoria com todos os que podem contribuir para reerguer o Bahia. Um presidente capaz de trabalhar com aqueles que, não podemos deixar de reconhecer, construíram sim a história gloriosa do Bahia, mas também com aqueles que sentem a necessidade da renovação.

  Marcelo Guimarães Filho pode ser o presidente da transição entre os que construíram o passado glorioso do Bahia e os que estão dispostos a construir um novo futuro. Até porque, todos amam o Bahia.
 
  PS: Em tempo, a História nos ensina que em momentos de crise só a união salva.