A decepção do domingo foi o pequeno público compareceu nesta última regata do ano para prestigiar o campeonato baiano de remo. O público formado apenas por familiares dos atletas e moradores do bairro evidencia um interesse cada vez menor do público baiano pelo esporte.
O atual técnico do Vitória, Antônio Santos, considera que a atual administração tem sido fundamental para o crescimento do remo no clube, investindo e proporcionando as melhores condições para os seus atletas. "É a melhor que o rubro-negra já teve", opinou o técnico.
Um dos méritos do Vitória para conseguir esse heptacampeonato foi a conciliação de um plantel de atletas mais rodados e renomados com o investimento nas categorias de base e na descoberta de novos talentos.
Hegemonia - Até 2001, o reinado era do Itapagipe, enquanto Vitória, São Salvador e Santa Cruz eram coadjuvantes. A partir de 2002, o quadro mudou. Os investimentos feitos pelo Vitória e pelo São Salvador fizeram com que a supremacia do Itapagipe acabasse. Santa Cruz e o até então bicho-papão Itapagipe passaram a ser coadjuvantes e hoje seguem buscando reforços nas categorias de base.
Desde 2002 não tem para ninguém. As mudanças que aconteceram no campeonato foram apenas na parte de baixo da tabela. O rubro-negro segue imperando no baiano enquanto os seus concorrentes lutam para sobreviver.
Principal rival nos últimos três anos, o São Salvador até ensaiou outra vez escapar da posição de vice. Ano passado, chegou bem perto do título. Depois de estender a decisão para a última regata, perdeu o título pela diferença de apenas quatro pontos. (Repórter - Marivaldo Filho)