Esporte

VOLEI MASCULINO DO BRASIL DISPUTA A FINAL COM OS ESTADOS UNIDOS

Informações do G1
| 22/08/2008 às 11:15
Giba, mais uma vez o melhor jogador do Brasil na quadra do volei (Foto/AP)
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   "Um milagre ajudaria a vencer o Brasil", afirmou o técnico italiano Andrea Anastasi antes da semifinal olímpica. O set inicial até deu a entender que os deuses do vôlei vestiam azul nesta sexta, mas o otimismo dos europeus não durou mais que isso. No fim, festa verde-amarela.

   O time de Bernardinho despachou a Itália com um 3 a 1 (19/25, 25/18, 25/21 e 25/22). A vitória coloca a seleção na final olímpica pela segunda vez seguida e prepara o terreno para a revanche contra os Estados Unidos, que tiraram o Brasil da decisão na Liga Mundial no Rio de Janeiro. Itália e Rússia duelam pelo bronze.

  A seleção brasileira entrou em quadra tendo o oposto Anderson, de agasalho, apenas como torcedor - ele se recupera de uma torção no tornozelo esquerdo. A Itália não contou com o líbero Corsano, que sofre com problemas físicos, e ainda mandou para o sacrifício o oposto Fei, que se recupera de uma lesão no tornozelo direito.


Susto no primeiro set


O Brasil saiu na frente com um ataque de Gustavo. E foi só no primeiro set. Depois disso, só deu Itália. Com uma série de saques forçados de Cisolla, a equipe européia abriu 6 a 2. Bernardinho parou o jogo, mas não adiantou nada. O capitão Giba não conseguia superar o bloqueio. André Nascimento também foi parado na muralha italiana. Dante, o único que virava bolas, pisou na linha ao atacar do fundo. O cenário só piorava, e a Itália chegou a abrir 9 a 2.  



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Dante voa alto para superar bloqueio da Itália

Giba só chegou ao primeiro ponto quando o Brasil já perdia por 14 a 10. Com 18 a 13, Bernardinho lançou Bruninho e Samuel. A novidade mexeu com os italianos, mas não a ponto de tirar deles a liderança. Os europeus mantiveram a vantagem confortável e, após um desperdício de saque de André Heller, fecharam a parcial em 25 a 19.

A derrota no primeiro set deixou o Brasil irritado. Giba, que só tinha virado quatro bolas, finalmente encontrou seu jogo.

- Quero bola alta, quero bola alta! - gritava para o levantador Marcelinho.

A seleção foi abrindo vantagem, mas, enquanto o capitão começava a acertar, Dante, o único que escapava do bloqueio italiano, passou a vacilar nos passes e foi substituído por Murilo. A alteração melhorou o sistema de jogo brasileiro, que ficou mais equilibrado na recepção. Os italianos não conseguiram repetir a eficiência no bloqueio. Gustavo, por sua vez, caprichou na parede, e o Brasil passou da casa dos 20. Com um ace de Bruninho, a seleção fechou o set em 25 a 18 e empatou a partida. 


Brasil abre caminho para a vitória


O terceiro set foi bastante equilibrado. Desde o início, as seleções se revezaram no placar. Murilo, que atua no Modena e conhece o vôlei italiano, era uma boa opção para Marcelinho. Quando solicitado, pontuava sem dificuldade. Àquela altura, Giba já não tinha dificuldades para virar. Com as bolas altas pedidas por ele, explorava o bloqueio italiano. Gavotto continuou dando trabalho ao Brasil. Porém, mas concentrado, não deixava a vantagem de dois pontos cair. Abusando de seu repertório, o capitão brasileiro usou paralela, diagonal, largada... até que a diferença aumentou: 13 a 10, sob aplausos de Bernardinho. 


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Marcelinho vibra com set vencido pelo Brasil

O 16º ponto, que levou à segunda parada obrigatória, foi muito comemorado. Serginho defendeu, Marcelinho levantou e Giba cresceu da linha de 3m. Embalado pelo salto, pulou para os braços do treinador e do companheiro Samuel. No retorno à quadra, Cisolla e Mastrangelo subiram no bloqueio e caíram de mau jeito. Os dois saíram carregados e foram substituídos por Birarelli e Fei. Este último foi para o sacrifício, já que ainda não está totalmente recuperado de uma torção no tornozelo direito. O oposto italiano chegou a fazer um ponto na paralela, tirando a bola do bloqueio e de Serginho. Mas não foi o bastante para vencer o Brasil, que fechou em 25 a 21.


Surge o bloqueio


O bloqueio brasileiro finalmente apareceu no quarto set. Os dois primeiros pontos da seleção saíram das paredes montadas por André Heller e Gustavo. Cisolla voltou e Fei continuou em quadra. Perdendo por 6 a 4, o técnico italiano tirou o levantador titular e trocou seus atacantes. Em vão. Cada vez mais concentrado, Giba seguia forte nos ataques. Gustavo, companheiro de Fei no Treviso, marcou pontos importantes em cima do inimigo íntimo.

O Brasil tinha 13 a 9, e um erro de Giba levou Bernardinho a pedir tempo. A caminho do banco, o capitão se desculpou com os companheiros. Zlatanov entrou em quadra, o que melhorou o desempenho da Itália. Mas o bloqueio brasileiro e os ataques de Murilo e Giba mantiveram a vantagem. Com 20 a 18 no placar, Bruninho e Samuel entraram. Foi uma participação rápida, já que um ataque de Fei impediu o objetivo da alteração: parar os italianos no bloqueio.


Marcelinho e André Nascimento voltaram, e a diferença no placar deu tranqüilidade para o Brasil seguir virando bolas. Anastasi parou o jogo em 22 a 19, mas àquela altura, não havia mais o que fazer. Com um ataque de fundo de Murilo, a equipe verde-amarela fechou a tampa em 25 a 22 e garantiu a presença em mais uma final olímpica.