O caminho para o pódio
A timoneira Fernanda e a proeira Isabel tiveram uma trajetória de certa maneira surpreendente na disputa da classe 470. Até a quinta regata, de um total de 11 (incluindo a Medal Race), elas não tinham passado das dez primeiras colocações.
Conseguiram avançar um pouco ao fim da sexta prova, quando assumiram a nona posição no geral. Após isso, a ascensão foi impressionante. A dupla brasileira chegou em quinto na sétima prova, em quarto na oitava e também na nona, para então assumir a terceira colocação depois da décima regata.
Embora tivessem chegado à regata da medalha em situação mais cômoda, Fernanda e Isabel estavam muito concentradas em não vacilar na última prova. E o foco na competição foi tanto que elas deixaram todas as adversárias para trás e venceram a 11ª disputa. Fato que manteve o conjunto brasileiro na terceira colocação.
À frente das brasileiras só ficaram as australianas Elise Rechichi e Tessa Parkinson, donas do ouro, e as holandesas Marcelien de Koning/Lobke Berkhout, que conquistaram a prata.
Vela volta ao topo da lista dos esportes mais gloriosos
Com a medalha conquistada nas águas de Qingdao, a vela brasileira empata com o judô e soma 15 na história das Olimpíadas. Antes do início dos Jogos de Pequim, a modalidade era líder isolada, mas foi superada pelo pessoal do tatame após os bronzes de Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Ketleyn Quadros.
Ainda nesta edição das Olimpíadas existe a possibilidade de a vela verde-amarela voltar a ser o esporte mais vitorioso do Brasil nos Jogos. E as principais esperanças são Robert Scheidt/Bruno Prada, na classe Star, e Ricardo Winicki, o Bimba, na RS:X. A dupla, no entanto, tem oscilado bastante em sua categoria.