Cada jogo do timeco em Feira de Santana, só lamentação. No Jóia da Princesa o time tem sofrido de uma doença chamada ‘tesão de mijo'. Começa com aquele fogo todo mas no segundo tempo brocha de vez e entrega o mingau. É um empata e perde de fazer dó.
Falta fôlego e competência. Competência para fazer os gols nas chances criadas enquanto o tesão está em cima. Uns 30 minutos de correria desenfreada, muita transpiração e nada de inspiração, como diria o mestre finado Armando Oliveira, que o Criador o tenha. Aí o meio campo morre, as pernas vão ficando pesadas e pronto, o time não ganha mais uma dividida, não acerta passe, perde todas as sobras de defesa e de ataque, entrega o jogo ao adversário e tchau, nem consegue chutar mais uma bolinha no gol adversário.
Além da falta de pernas, falta qualidade ao time. O torcedor manos apaixonado sabe que nesse time que vem jogando, talvez se aproveite para armar uma equipe competitiva apenas os zagueiros Marcone, Rogério e Alison (quando quer), o lateral Ávine (quando não exagera na noite), Fausto (pela dedicação) e ... quem mais? O goleiro engana, às vezes e não me falem em Elias, por favor, a camisa 10 do clube precisa ser respeitada.
Arturzinho também abusa de mexer errado na segunda etapa. Por que o time volta tão pior no segundo tempo, sempre?
É assim, cada jogo, uma decepção. Queira Deus não caia de novo pra terceirona. Os torcedores oram, mas parece que os santos tricolores encheram o saco de tanta armação fora de campo e trocaram de camisa. Tem pela frente, fora de casa, o Vila Nova de Túlio e o Corínthians que venceu todas em SP. Cuidado com a balaiada!
O sofrimento dos tricolores é maior ainda a cada goleada do rival Vitória. Cada gol rubronegro no Barradão é como uma facada no coração tricolor. E tome-lhe!
Acontece que o futebol brasileiro, mesmo o da primeira divisão, está nivelado por baixo e o Vitória vem crescendo na competição, a partir de algumas boas contratações, muita velocidade, e da subida de produção de alguns jovens atletas oriundos das divisões de base que tiveram chance e estão voando baixo em campo. Precisam controlar um pouco a correria desenfreada para não cair tanto de produção nos 20 minutos finais de jogo, como tem acontecido.
A contratação de Viáfara, goleiro colombiano, foi ótima, deu tranqüilidade à defesa. Três zagueiros de porte e seguros: Leonardo, o jovem Anderson e o recém contratado Tiago. O brucutu Vanderson melhorou ao lado de Renan, até está fazendo lançamentos longos. O lateral esquerdo Cordeiro é veloz, inteligente e chuta. O veterano bom de bola Ramon comanda o meio campo. Dinei é um atacante insinuante.
Mas duas grandes revelações estão fazendo a diferença: o danado e elétrico Marquinho e o incansável meia Williams. Eles são rápidos, inteligentes, trocam de posição, driblam e toda hora estão chegando na cara do gol adversário em velocidade, por trás da zaga. Precisam aprender a cadenciar um pouco para que não cheguem na metade do segundo tempo caindo aos pedaços, já sem pernas. Sabem jogar e já despertam interesse de olheiros.
Mancini, o treinador, que jogou no meio campo, está sabendo explorar a velocidade dos meninos, esticando bolas pelas laterais, surpreendendo os zagueirões pesados adversários. E também marcando sob pressão já na frente, sem permitir que o time adversário jogue, goste do jogo. Está dando certo, sobretudo em casa, com o apoio da massa que está se acopstumendo a ir ao Barradão, mesmo com o trânsito caótico na chegada e saída.
Se não subir pra cabeça, se não mascarar, tiver um pouco de sorte e os árbitros deixarem, o Vitória pode conseguir uma vaguinha na Taça Libertadores paroano, uma festa pra quem nunca disputou um torneio internacional. È uma meta.
A torcida rubronegra ta rindo à toa e goza ainda mais a cada tropeço do rival sem teto, que vá jogar lá na casa da ###... nunca dentro do Barradão, que é a Toca do Leão.
Humilhante, né ?
Quem foi naninha!!!