que uma seleção brasileira, com a história de cinco títulos mundiais, jogue com três cabeças de bagre, ou, cabeças de área, marcadores apenas, e apenas um atacante no campo adversário contra quem quer que seja e onde for. Isso é apequenar-se, ou melhor, em linguagem bem futebolística, isso é aputar-se diante do adversário.
O time paraguaio, que não é bobo, foi pra cima, ganhou todas as divididas no meio campo, todos os rebotes defensivos e ofensivos, encurralou e, mesmo com dez homens em todo o segundo tempo, ganhou com méritos, humilhou o time amarelão de Dunga, que parecia um timeco daqueles babas de fim de semana, depois de umas caipirinhas e boa feijoada.
Dunga convoca mal. Gilberto Silva é reserva de seu time na Inglaterra. E escala pior ainda. Mineiro e Josué juntos, atarantados, sem saber o que fazer em campo; os dois laterais não passaram do meio campo; Robinho, fora de forma, voltando para marcar e dar carrinhos no adversário; Diego virando o jogo pra lá e pra cá, porque não tinha ninguém na frente.
Não, não foi apenas um dia ruim. Já tínhamos jogado mal no amistoso contra a Venezuela e levamos 2 a 0. O time está lento de bola e raciocínio e fracos das pernas. Tem a Argentina de Riquelme, nesta quarta. O time portenho também não anda bem das pernas, levou um sufoco dentro de casa dos equatorianos, mas a pressão no Mineirão será forte. A cabeça de Dunga está a prêmio e dizem, Wanderley Luxemburgo já foi contatado e está na fita.
Aliás, vendo pela tevê os jogos da Eurocopa - Holanda, Espanha, Portugal e companhia - a gente logo percebe que estamos bem longe do melhor futebol que hoje se joga na Europa. Não somos um time competitivo, desde a copa passada. Jogamos como se estivéssemos sempre dando espetáculos amistosos, futebol soçaite. Muita chuteira bonita, rebolados e ... acabou.
**- Por aqui, o Bahia, sem teto, continua penando na segundona, sem vencer uma só partida no Jóia da Princesa, o estádio de Feira de Santana que já teve um piso bem melhor para se jogar futebol. Lá, a torcida não vai, porque é longe, é um dia perdido, muito tempo de buzu - de casa pra rodoviária, daí pra Feira, e da rodoviária de Feira pro estádio. Mais a volta. O torcedor médio de futebol é pobre. Faça as contas e avalie: vale a pena gastar toda essa grana, agüentar estrada e transbordo, pra ver o timeco jogar?
Sem o grito da galera, Já Hia ! Pergunto, por quê não cair na real e entrar num acordo com a diretoria do rival, o Vitória, para alugar e jogar no Barradão?
... infelizmente aqui na Bahia ainda não se faz futebol profissional, os dirigentes são torcedores, apaixonados e atrasados em todos os sentidos.
Temo. A luta do tricolor é para não cair, de novo, para a terceirona. Hoje enfrenta o animado Ceará, em Fortaleza.
- O Vitória continua irregular. Goleia, engana, perde jogos fáceis, empata muito, deixa o torcedor cabreiro. Bom time é aquele que mantém uma regularidade, atua bem em jogos seguidos, impõe seu padrão de jogo dentro e fora de casa.
- E o Corinthians, hein? Apequenou-se diante do Sport do Recife, na Ilha do Retiro. Atuou como um time de segunda divisão, que é. O rubronegro pernambucano é, disparado, o melhor time do Nordeste, hoje. Perdemos a hegemonia no futebol regional.
- O desmoronamento da Fonte Nova foi o fim de um ciclo. O que virá? Pituaçu será mesmo o poleiro da galera? Quando?