Esporte

DO PADRÃO DE QUALIDADE CICARELLI A DOIS TRUBUFUS NUM MOTEL DO RIO

É Ronaldão, o Fenômeno, jogando em todas posições
| 30/04/2008 às 11:24
E o padrão Cirarelli Ronaldo?

Meu caro Ronaldo,


Antes de mais nada, presto minha solidariedade a você nestas linhas. Imagino como seja duro o day after nessas horas... Quando a loucura passa e vem a sobriedade, você se lembra do que fez. Olha para o lado e vê um traveco sorridente, filmando você com o celular. Que dureza...

É direito seu -- e de qualquer pessoa -- sair com travestis, mulas sem cabeça ou bananeiras.

O que me intriga nessa história toda, prezado centroavante, é que vocês jogadores podem pegar e pagar por quem quiserem. Top models gostosas e cheirosas, discretas acima de tudo. Aquele tipo de mulher que a gente pode apresentar para a mãe ou passear de mão dada no shopping. Mas acabam sempre enrascados neste tipo de várzea...

Na Copa América de 1999, meu caro, você se deixou fotografar assinando um autógrafo nos seios de uma garota de programa nota 5,5. Nota 5,5, Ronaldo! Na preparação para a Copa da Alemanha, em Weggis, você e sua turma agarram mulheres das quais até os jornalistas tinham medo - e olha que a classe também curte uma várzea, hein... Você nem imagina o susto que eu levei quando vi as fotos dos jogadores, em um tablóide sensacionalista da Suíça, na farra com aquelas moças que ficavam rebolando, na hora do treino da seleção, em cima das barraquinhas de cachorro quente lá em Weggis.

Para quem chegou ao padrão Cicarelli de qualidade, é uma coisa que chama a atenção. De certa forma, mostra um lado bacana de uma gente que, embora entre no mundinho dos playboys de vez em quando, jamais consegue tirar o pé da lama.

Isso não é da minha conta, eu sei. E gosto não se discute. Quando eu trabalhava na Playboy, conheci gente com as taras mais doidas deste mundo, até mesmo gente que curtia transar papai-e-mamãe com a mulher, dentro do quarto, beijando na boca.

A você presto minha solidariedade, Fenômeno. Se me permite um conselho: encare esta de peito aberto, com bom humor. O instrumento é seu e você faz dele o que bem entender. No fundo somos todos invejosos. Não é qualquer um que pode escolher uma top model cheirosa e acaba a madrugada com dois trubufus em um quarto de motel barato.

Sei que parece estranho, mas isso torna você um personagem ainda mais fascinante, meu caro Ronaldo. Acho até que subiu ainda mais no meu conceito...

A carta-bomba é publicada às sextas-feiras. Foi ao ar nesta terça, excepcionalmente, por conta de um fato excepcional.
 

André Rizek - Jornalista, 32 anos, desconfiado. Repórter especial da revista Placar e comentarista do SPORTV. "Vida pregressa": Ex-editor especial de Playboy (bons tempos...), repórter da Veja, repórter de esporte do Jornal da Tarde e do Lance!, editor de esportes do Último Segundo.