Esporte

TRAGÉDIA DA FONTE: BOBÔ,VIRGILIO, EDNALDO, PETRÔNIO E NILO INDICIADOS

Quatro foram indiciados por homicídio doloso
| 22/01/2008 às 19:13
 O diretor superintendente da Sudesb, Raimundo Nonato Tavares (Bobô); Virgílio Elísio, diretor técnido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF); Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana de Futebol (FBF); Petrônio Barradas, presidente do Esporte Clube Bahia, e o engenheiro da Sudesb, Nilo Santos Júnior foram indiciados pelo desabamento de parte da arquibancada da Fonte Nova, dia 25 novembro último, quando 7 torcedores morreram e dezenas ficaram feridos.
 

   A conclusão do inquérito que investigou as causas e os responsáveis foi divulgada nesta terça-feira, 22, pela Policia Civil, em entrevista coletiva da delegada Marilda Marcela da Luz, no Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), na Secretaria de Segurança Pública (Praça da Piedade). 


  Segundo a conclusão das investigações, Bobô , Virgílio Elísio,  Ednaldo Rodrigues e Petrônio Barradas foram indiciados por homicídio doloso - porque teriam como evitar a tragédia e nada fizeram para tanto. Já o diretor de operações da Sudesb, o engenheiro Nilo Santos Júnior, foi indiciado por homicídio culposo, porque tinha conhecimento de que a tragédia poderia acontecer, mas não tinha poderes para determinar, no caso, a interdição do estádio.


  A juíza Lícia Pinto Fragoso, da 2ª Vara de Defesa do Consumidor, que recebeu em janeiro de 2006 uma documentação da promotora Joseane Suzart, do Ministério Público, condenando as instalações do estádio, foi considerada omissa pela delegada. Todos os processos serão enviados nesta quarta-feira, 23, para o Tribunal de Justiça. 


  Na noite desta quarta, a assessoria de comunicação do Governo do Estado divulgou uma resposta de Bobô à conclusão do inquérito. "Até o momento, não há correspondência entre os elementos dos fatos então apurados sobre o acidente da Fonte Nova e a conclusão do inquérito presidido pela delegada Marilda Marcela da Luz". De acordo com a nota, Bobô disse ainda que vai acompanhar a análise do inquérito pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça.