O goleiro Felipe aceitou a proposta do Corinthians e renovou seu contrato. Ele terá o salário praticamente triplicado, receberá luvas em duas parcelas e assinará um compromisso com duração de quatro anos, até o fim de 2011. O contrato anterior tinha a mesma duração, mas previa multa contratual muito baixa (aproximadamente R$ 12 milhões). Os empresários dele não confirmaram o valor da nova multa.

- Fizemos um belo contrato. Vimos que o Corinthians se esforçou para ficar com o Felipe - disse o empresário do goleiro, Marcelo Goldfarb, logo após o fim da reunião que teve com seu sócio Bruno Pontes de Paiva, filho do técnico Mário Sérgio, e com o presidente corintiano Andrés Sanches no Parque São Jorge.

  O anúncio do acordo encerra uma negociação que teve capítulos eletrizantes. Em um primeiro momento, os empresários de Felipe diziam que a negociação seria tranqüila. Após o rebaixamento do Corinthians para a Série B, a diretoria alvinegra fez uma primeira proposta oferecendo aumento de 80%. Os empresários não gostaram e chegaram a pedir para que o goleiro fosse negociado. O Fluminense acenou com uma proposta milionária. No fim, o Corinthians aumentou a sua, e o acordo foi fechado.

- Foram mantidas todas as cláusulas contratuais, e o Corinthians concedeu um aumento salarial ao Felipe em reconhecimento ao grande trabalho que ele fez neste ano. Estamos muito felizes em ter o Felipe até 2011. Conversei por telefone com ele e posso garantir que ele também está - diz o presidente Andrés Sanches, em comunicado enviado pela assessoria de imprensa do Timão.

 Identificação
 com a torcida

A renovação garante ao Corinthians a permanência de um jogador que alcançou uma identificação com a torcida como poucos nos últimos anos. Vindo do Bragantino, Felipe chegou ao Timão em maio e logo ganhou a Fiel com defesas espetaculares, garra e dedicação. Na reta final do Brasileirão, quando a ameaça de rebaixamento se tornou mais séria, Felipe virou o grande ídolo da torcida.

Contra o Atlético-PR, foi ao ataque para tentar empatar um jogo que parecia perdido. Em Goiânia, contra o Goiás, defendeu um pênalti de Paulo Baier. Não conseguiu segurar o Timão na elite, mas caiu nas graças da torcida, que começou a esgotar camisas e chaveiros relacionados a ele e estavam à venda nas lojas.