Esporte

WAGNER CORRE ATRÁS DO PREJUÍZO E DECIDE IMPLODIR A FONTE NOVA

A imprensa baiana e nacional foram impiedosas com o governador da Bahia
| 27/11/2007 às 18:30

  O governo do Estado corre atrás do prejuízo em sua imagem e tenta rever o noticiário negativo sobre a tragédia da Fonte Nova. Dois dias após o acidente que matou sete pessoas, o governador Jacques Wagner (PT) anunciou nesta terça-feira que a Fonte Nova será implodida.


  "Vamos apagar essa velha Fonte Nova e construir um estádio moderno como os melhores existentes no mundo" afirmou Wagner.


   Segundo o governador já existem ofertas "e bastante interessantes" para a edificação desse novo estádio no mesmo local da Fonte. Wagner, que na última segunda-feira disse que iria esperar os resultados de uma análise sobre a estrutura do estádio antes de tomar uma decisão, hoje, voltou atrás e anunciou a implosão.
 

    Para o lugar da Fonte Nova, o governo baiano projeta construir em Salvador uma nova arena, capaz de receber jogos da Copa do Mundo-2014.


   Wagner afirmou ainda que o novo estádio deve ser construído em uma parceria com a iniciativa privada e disse que, se o governo não conseguir encontrar uma empresa que banque os custos do estádio (entre R$ 300 e R$ 350 milhões, segundo ele), a Bahia irá arcar com as despesas.

  "Estamos estudando essa possibilidade [de fazer uma parceria público privada]. Mas, se não for possível, o Estado irá arcar com o custo de implantação", concluiu.


   COMENTÁRIO 
   BAHIA JÁ

   Nos bastidores da política, os comentários davam conta de que o governo foi bombardeado pela imprensa local e nacional, quase em unanimidade, houve um desgaste muito grande à imagem do governador, especialmente nos círculos nacionais do poder, e aconselhamentos para que reagisse com novos fatos (positivos), caso da anunciada implosão.

   Trata-se de uma decisão dificílima de ser tomada, sobretudo levando-se em consideração a história do Estádio Otávio Mangabeira. A história, aliás, se faz com lances dessa natureza.

   Fica-se bem na fita da história (ou mal) a depender do desenrolar dos acontecimentos, da postura de responsabilidade perante os súditos e à opinião pública, e da efetivação dos projetos.

    Quem ajoelha tem que rezar.