Acusado de ter abandonado a concentração na véspera do jogo com o Atlético de Alagoinhas, domingo passado, na Fonte Nova, e afastado do elenco pelo treinador Arturzinho, ele se defendeu, assegurando não ser bandido, e procurou justificar a repentina saída do Fazendão para socorrer a mulher, que se encontrava doente.
Mas as argumentações de Carlos Alberto não ficaram apenas nisso.
Não só contestou a decisão do técnico, que não o relacionou para a partida contra o Atlético e transferiu o seu problema disciplinar para a diretoria resolver, como também o desafiou, ao assegurar que ele é que não jogaria mais sob o comando de Arturzinho. No duro pronunciamento que fez, ainda questionou as afirmações do treinador, que declarara à imprensa no sábado não ser esta a primeira indisciplina cometida por ele no Bahia e que "segurara a situação enquanto pôde".
O mais estranho é que a entrevista de Carlos Alberto tinha cara de oficial.
Não bastasse ter sido realizada no Fazendão, até um banner do clube (com patrocinador e tudo) foi utilizado como pano de fundo. O que me deixa intrigado é se estas declarações foram autorizadas pela direção da Bahia e, em caso negativo, que providências serão tomadas pelo clube para restaurar a hierarquia e disciplinas quebradas.
Como não houve respostas no Fazendão para estas indagações, não tenho dúvida de que o técnico Arturzinho já começou a ser fritado no Bahia e que nem uma (improvável) goleada imposta ao Vitória no Ba-Vi de hoje à noite, no Barradão, salvará a sua cabeça.