Licuritone, bolsas de couro de tilápia, roupas, toalhas rendadas, quadros bordados à mão, cachaça de banana e esculturas rústicas. Essas são apenas algumas das 2.300 opções de presentes de Natal que podem ser encontradas na 13ª Feira Baiana de Agricultura Familiar e Economia Solidária, que acontece no Parque Costa Azul, em Salvador. E, para garantir o presente da família e dos amigos, é preciso se apressar, pois a Feira vai até este domingo (18). 

Mãe e filha, Deise e Ana Clara Lobato, que são de Belém, do Pará, e moram na capital baiana, já garantiram as lembrancinhas da família. “[A Feira] está muito legal. Compramos muitas lembrancinhas e chocolates sem lactose para ficar em estoque até a Páscoa. A gente já veio ontem e compramos coisas pra gente e, hoje, a gente veio só para comprar as lembrancinhas de Natal. Vela aromática, vela de massagem, chocolate, opções veganas... e ainda vamos voltar no domingo”, conta Ana Clara. “E também [compramos] muitos produtos indígenas: enfeites, decoração, artesanato, e a gente fez questão das sacolinhas para mostrar que foram comprados na Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária”, completa Deise.

Nas dezenas de estandes espalhados pela Feira, estão produtos de origem de mais de 200 empreendimentos da agricultura familiar, oriundos dos 27 territórios de identidade da Bahia, com a reconhecida qualidade que atrai milhares de pessoas de todas as regiões do estado, anualmente. Dentre os produtos trazidos diretamente do território Sisal, estão os artesanatos rústicos da Art Sertamb, de Serrinha.

“Temos adega, que é um dos mais cobiçados; árvore com iluminação, que quando acende fica parecendo uma lua; luminárias, que quando as pessoas chegam ficam encantadas, e várias outras opções de artesanato rústico para presentes de Natal”, conta Roseli Damascena, da Art Sertamb. Junto com outros artesãos de Inhambupe, mestra Maria dos Anjos borda à mão caminhos de mesa, vestidos, batas e outros produtos disponíveis no Armazém do Litoral Norte e Agreste Baiano. “É um presente que fica e passa de geração em geração”, ressalta. 

“Tiaras bordadas, chapéus e bolsas pintados à mão, bolsas de palha, laços para crianças, vários acessórios”, elenca Rosemaria Roque, os diversos produtos vindos de Vitória da Conquista, no Sudoeste Baiano. Ela faz parte da Associação Fibroart, que trabalha com renda francesa, toda feita à mão.

Para todos os gostos

O estande do território Itaparica está comercializando produtos de 15 associações e de artesãos e artesãs individuais, representando desde os sertanejos aos povos indígenas. “Aqui tem uma variedade de produtos: de indígenas, cerâmicas, artesanatos com crochê, com couro de tilápia e sabonetes de plantas naturais da Caatinga”, conta Edvaldo, do município de Chorrochó. 

“Estamos apresentando um trabalho em cerâmica, de conscientização do Semiárido e da Caatinga, que fomenta a renda dentro da localidade, levando esse incentivo para que as crianças percebam que também é possível gerar renda com a diversidade do barro, de plantas que já morreram e fomentando também o replantio para que haja sustentabilidade”, completa José Carlos, artesão de Macururé. 

Além de garantir as compras Natal, os visitantes ainda podem, no mesmo espaço, curtir um happy hour na Praça Gastronômica, saboreando um chopp ou as cervejas de maracujá, de mel de cacau, caju, umbu, licuri e até de mandioca, acompanhadas de beijus recheados, choripan com linguiça de bode e tantas outras opções que apresentam a diversidade da Bahia e do Nordeste.

13ª Feira 

A 13ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária é realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com a Federação da União das Cooperativas da Agricultura Familiar (Federação Unicafes - Bahia), com o apoio da Bahiatursa, Conder, secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Planejamento (Seplan) e Educação (SEC).