O Brasil criou 218.902 novos empregos com carteira assinada no mês de julho. É o que mostra dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério Trabalho e Previdência nesta segunda-feira, 29. O resultado é reflexo entre as 1.886.537 contratações que ocorreram no período e os 1.667.635 desligamentos.
Embora represente uma diferença positiva, os números apontam um recuo na geração de empregos após três meses consecutivos de alta. Em junho deste ano, foram 277 mil novos empregos com carteira assinada. Em contrapartida, o salário médio subiu de R$ 1.922,77 para R$ 1.926,54, o que representa um aumento de 0,80% em relação ao mês anterior.
O período também foi positivo para todos os setores da economia, com salos positivos na criação de novos empregos. Assim como no período anterior, o setor de serviços novamente foi o que mais empregou no país, gerando 81.873 novas vagas. A indústria geral, por sua vez, foi responsável por 50.503 novos empregos, enquanto comércio reparação de veículos automotores e motocicletas: 38.574 novas vagas. A agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura geraram juntas 15,8 mil novas vagas.
Por fim, a construção civil registrou pouco mais de 32 mil empregos, em contínuo aquecimento. Na pesquisa por regiões, o Sudeste lidera o ranking de novas vagas, com 99.530 postos criados no mês. Na sequência, vêm Nordeste (49.215), Sul (28.152), Centro-Oeste (25.179), e Norte (16.080).
DADOS DA BAHIA E NORDESTE
Em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Bahia gerou 13.318 postos com carteira assinada, decorrente da diferença entre 73.243 admissões e 59.925 desligamentos. Trata-se, portanto, do sétimo mês seguido com saldo positivo. Com este resultado, o estado passou a contar com 1.887.349 vínculos celetistas ativos, uma variação de 0,71% sobre o quantitativo do mês anterior. A capital do estado, Salvador, registrou um saldo de 2.729 postos de trabalho celetista.
De responsabilidade do Ministério do Trabalho e Previdência, os dados do emprego formal foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan).
No mês, o Brasil computou um saldo de 218.902 vagas, enquanto o Nordeste registrou um ganho de 49.215 novos postos – o que representou variações relativas de 0,52% e 0,72% comparativamente ao estoque do mês anterior, respectivamente. Todas as 27 unidades federativas do país apontaram crescimento do emprego celetista em julho deste ano.
Em termos absolutos, com 13.318 novos vínculos formais, a Bahia ocupou a primeira posição na geração de postos entre os estados nordestinos no mês. Dentre os entes federativos, ficou na quinta colocação. Em termos relativos, com variação percentual de 0,71%, situou-se na quarta posição no Nordeste e na décima no país.
Na Região Nordeste, a Bahia (+13.318 postos) foi seguida pelos estados do Ceará (+10.108 postos), Pernambuco (+9.113 postos), Maranhão (+5.327 vagas), Paraíba (+4.130 vagas), Rio Grande do Norte (+2.458 postos), Piauí (+1.994 postos), Alagoas (+1.937 postos) e Sergipe (+830 postos).
Do ponto de vista da variação relativa mensal do estoque, o estado do Maranhão (+0,97%), destaque da região, foi acompanhado pela Paraíba (+0,94%), Ceará (+0,83%), Bahia (+0,71%), Pernambuco (+0,70%), Piauí (+0,64%), Rio Grande do Norte (+0,55%), Alagoas (+0,53%) e Sergipe (+0,29%).
No agregado dos sete primeiros meses de 2022, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, a Bahia preencheu 89.697 novas vagas – aumento de 4,99% em relação ao total de vínculos celetistas do início do ano. O município de Salvador, por sua vez, registrou 24.662 novos postos no período. O crescimento do emprego celetista também foi observado no Brasil e no Nordeste no acumulado do ano, com 1.560.896 e 200.403 novas vagas, respectivamente.
Ainda em termos de saldo acumulado no ano, a unidade federativa baiana continuou à frente das demais do Nordeste, com Ceará (+39.132 postos) e Maranhão (+27.172 postos) na segunda e terceira posições. Entre as unidades da Federação, o estado se posicionou na quinta colocação. Alagoas (-5.637 postos) se revelou o único estado com saldo negativo no país no período. Em termos proporcionais, a Bahia, com alta de 4,99% no ano, ficou na segunda posição dentro da região nordestina, seguindo o estado
do Maranhão (+5,17%). No país como um todo, o desempenho relativo baiano posicionou o estado na décima colocação.
Na Bahia, em julho, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo positivo de postos de trabalho celetista. O segmento de Serviços (+5.374 vagas) foi o que mais gerou postos dentre os setores. Em seguida, Indústria geral (+3.259 vagas), Construção (+2.732 vagas), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+1.235 postos) e Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+718 postos) também foram responsáveis pela geração.