Esse é o menor nível registrado desde outubro de 2015.
Da Redação , Salvador |
25/06/2022 às 18:20
Jair Bolsonaro
Foto: Isac Nóbrega
Um estudo divulgado nesta sexta-feira (24), pelo Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), aponta que a taxa de desemprego recuou em abril e chegou a 9,4%. O dado foi calculado pelo órgão a partir dos números trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostral de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE). Esse é o menor nível registrado desde outubro de 2015.
A análise interanual aponta que a taxa de desocupação recuou 4,9% pontos percentuais em relação a 2021. A população ocupada em abril alcançou 97,8 milhões de trabalhadores, o índice mais alto desde o início da PNAD, em 2012. A força de trabalho cresceu 3,7% de janeiro e abril e atingiu 109,1 milhões de pessoas, maior contingente já apurado na pesquisa.
Atualmente, segundo o trabalho, são cerca de 11 milhões de pessoas desempregadas pelo país. A retomada do emprego é classificada como generalizada: ocorre em todas as regiões, segmentos etários, educacionais e atinge todos os setores da economia. No entanto, ela é mais acelerada nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde as taxas de desemprego são de 8,5% na primeira e de 11,1% na segunda.
Nacionalmente, os mais jovens foram os mais beneficiados pela redução: a taxa de desemprego neste grupo, que chegou a 30% no primeiro trimestre, caiu para 22,8%. No entanto, ainda é mais que o dobro do índice registrado na população brasileira em geral.
Foram analisados 13 setores econômicos no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, e seis deles apresentaram crescimento de ocupação superior a 10%. Os destaques foram os segmentos de alojamento e alimentação (32,5%), serviços pessoais (19,5%) e domésticos (19,4%).
O trabalho apontou ainda redução no desalento: classificação utilizada para incluir as pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego por acreditar que não seria possível encontrar um posto de trabalho. A proporção de desalentados recuou de 5,1% para 3,7% e representa um total de 4,2 milhões de pessoas. É o menor total desde setembro de 2017.
Cerca de 6,5% da população trabalha menos de 40 horas semanais e gostaria de trabalhar mais. Essa é a classificação de subocupados: eles são 6,4 milhões de pessoas. O dado atual reflete uma queda de 1,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2021.