Já estão em sala de aula, no “Campus Lapa”, da Universidade Católica de Salvador, a primeira turma com 20 baianas de acarajé que vão se aprimorar em um curso de Manipulação de Alimentos e Gestão Básica.

Promovido pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com a própria UCSal e Associação de Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (ABAM), a ação foi iniciada nesta segunda-feira 11.

Aula inaugural levou às baianas de acarajé conteúdos inéditos, abordados de forma didática sobre questões importantes, tais como “Gestão Básica em Negócios”, “Cooperativismo”, e “Sustentabilidade Ambiental, Social e Econômica”.

Atividade de classe foi ministrada pelo professor Sílvio Bello, coordenador de Práticas Empreendedoras da UCSal, enquanto a presidente da ABAM, Rita Santos e o representante da Coordenação de Microfinanças da Setre (Comfins), Júlio Santana, estimularam o grupo com palavras de incentivo.

Primeira turma se apresentou, na sua maioria, com tradicionais turbantes, dando ao local uma nova cena estudantil. No total serão 60 baianas de acarajé, aprendendo e se qualificando para levar aos tabuleiros as últimas novidades além dos tradicionais quitutes.

Titular da Setre, Álvaro Gomes considera a ação da Superintendência de Economia Solidaria (Sesol) da Setre fundamental no fortalecimento da importância da baiana de acarajé na cultura da Bahia.

“Inicialmente vamos trabalhar com três turmas de 20 baianas, beneficiando um total de 60. No futuro, este número deverá ser ampliado de forma a atender mais trabalhadoras”, conclui.

A qualificação oferecida pela Setre-UCSal-ABAM pretende contribuir para que essas mulheres que sustentam as suas famílias vendendo seus deliciosos quitutes tenham noções gerais de manuseio e segurança de alimentos.

Coordenador de Microfinanças da Setre, Weslen Moreira informa que o curso é totalmente gratuito e integra outras ações de valorização da atividade.

“Já houve o pedido junto ao Ministério do Trabalho e Previdência Social para que o ofício das Baianas de Acarajé seja incluído na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)”, lembra.