A Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano vem identificando  pessimismo considerável da classe empresarial do estado nos últimos  meses. O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado  pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI),  recuou em junho.

 O ICEB marcou -454 pontos neste mês, ante o registro de -397 pontos  em maio – recuo de 57 pontos de um mês ao outro. A expectativa geral do  empresariado baiano permanece, assim, desde outubro último, na zona de Pessimismo.

 A pontuação do ICEB, em junho, indica que a confiança do  empresariado baiano atingiu novo recorde negativo. Os meses de  fevereiro, março, abril, maio e junho confinam os piores registros do  ICEB.

 A queda da confiança neste mês não foi disseminada setorialmente. No  caso, os setores de Indústria e de Serviços e Comércio recuaram e o de  Agropecuária apresentou leve melhora da confiança. Enquanto a  Agropecuária retornou à zona de Pessimismo Moderado em junho, Indústria e Serviços e Comércio mantiveram-se na região de Pessimismo.

 A Agropecuária registrou -227 pontos em junho – consolidando-se,  assim, como o menos pessimista dentre os segmentos. A Indústria, após  leve recuo da confiança, registrou -425 pontos e deixou de ser o mais  pessimista. Com a maior queda entre os segmentos, Serviços e Comércio se  mostrou o mais pessimista dos setores em junho – registrando -490  pontos, menor valor desde o início do levantamento.

No mês de  junho, tanto a expectativa referente ao cenário econômico quanto a  relacionada ao desempenho das empresas retrocederam, com esta caindo  mais – o que diminuiu a distância entre os referidos Indicadores, mas  manteve a confiança, quanto às variáveis econômicas, a mais pessimista.

 O Indicador de junho, para as variáveis econômicas, registrou o  menor valor da sua série histórica. Com -494 pontos, decréscimo de 20  pontos em relação ao mês antecedente (-474 pontos), as expectativas  quanto ao cenário econômico mantiveram-se na zona de Pessimismo no mês. A piora da percepção, nesse recorte, ocorreu apenas com o setor de Serviços e Comércio.

O Indicador para desempenho das empresas marcou -434 pontos em  junho, queda de 76 pontos frente ao registro anterior (-358 pontos). A  pontuação de junho foi a menor da série histórica do Indicador. A  confiança em relação a esse quesito permaneceu na faixa de Pessimismo. A piora da expectativa ocorreu em dois setores: o setor de Indústria e o de Serviços e Comércio.

Em junho, mais uma vez, todas as variáveis obtiveram avaliações  negativas. Crédito, PIB Nacional e PIB Estadual foram as variáveis com  as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, apesar  de negativos, Câmbio, Juros e Abertura de Unidades foram aquelas com  indicadores de confiança menos pessimistas.