Até o fim deste ano, Salvador deve alcançar a marca de 2.902.927 habitantes e aparecer como a terceira maior cidade do Brasil em população, de acordo com a estimativa populacional dos municípios em 2014 feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada na última quinta-feira (28). O número é 8% maior do que o último censo divulgado pelo órgão em 2010, que foi de 2.675.656 habitantes na capital baiana.

Os dados revelam a importância de ações para o planejamento do futuro da cidade, a exemplo do plano Salvador 500, desenvolvido pela Prefeitura do Salvador em conjunto com a sociedade para definir como será a terceira maior cidade do país em 2049, quando completará cinco séculos de fundação.

 “Dentro dos estudos necessários para o Salvador 500 existem análises que serão feitas a partir desses dados do IBGE, no intuito de saber como são formadas as pessoas residentes aqui, que classe social, escolaridade ou atividade econômica exercem. Então, quando partimos para a discussão precisamos entender antes a cidade, por exemplo, como esse aumento da população vai impactar nos serviços públicos”, ressalta o titular da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), Sílvio Pinheiro.

Uma das questões consideradas pelo Salvador 500 é o vetor de crescimento da cidade, ou seja, onde as pessoas estão morando, vão ou querem morar. Para isso, está sendo analisada a vocação de cada uma das áreas existentes na capital baiana e, assim, evitar o crescimento desordenado e o impacto em áreas como a saúde, a educação e a mobilidade urbana. “Tudo isso confirma a nossa tese de rediscutir a cidade”, aponta Pinheiro, ressaltando a construção dos novos PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) e Louos (Lei de Ordenamento do Uso do Solo do Município).

Para isso, foi montado um cronograma de atividades e discussões do Salvador 500. A primeira audiência pública, com o objetivo de apresentar o projeto, foi realizada no dia 1º de agosto na Arena Fonte Nova e, na ocasião, foi aprovado o regimento e os processos para a construção do plano. A Prefeitura trabalha ainda para, em setembro, dar posse aos membros do Conselho Municipal da Cidade e iniciar as oficinas para discussão do plano em 14 localidades de Salvador, que prosseguirão até outubro. A intenção é possibilitar o debate mais direto com as comunidades, permitindo que todos possam participar do processo.

Em novembro, após a realização das oficinas, será promovida a segunda audiência pública, que discutirá o estudo de desenvolvimento urbano da cidade. Outras reuniões serão realizadas para debater as diretrizes do PDDU e da Louos. O plano Salvador 500 está disponível para consulta e contribuições da população, através do site www.plano500.salvador.ba.gov.br.

Participantes - Sob a coordenação da Sucom e Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), integram a comissão do Plano Salvador 500 a Secretaria de Urbanismo e Transporte (Semut), Secretaria de Infraestrutura e Defesa Civil (Sindec), Secretaria Cidade Sustentável (Secis), Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Cultura (Sedes), Secretaria de Gestão Pública (Semge), Secretaria de Saúde (SMS), Secretaria de Educação (SMED), Secretaria da Fazenda (Sefaz), Casa Civil, e a Procuradoria Geral do Município (PGM).