No dia em que foi recebido, com toda a sua diretoria, em audiência pelo governador Jaques Wagner, o presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, FIEB, Carlos Gilberto Farias teve a sua vitória ratificada pela Comissão Eleitoral que organizou e comandou o pleito sucessório na entidade. Composta pelos juristas Renato Novis, Eduardo Morais de Castro e pelo ex-presidente da OAB, Saul Quadros Filho, a Comissão rejeitou as quatro impugnações movidas pelo atual presidente da FIEB, e candidato derrotado, José de Freitas Mascarenhas, por 23 votos a 17.

Na audiência com o governador, com as presenças dos secretários James Correia, da Indústria e Comércio, e Edmon Lucas, do Gabinete, Farias resumiu para o chefe do Executivo baiano as suas principais metas: apoio total às micro, pequenas e médias indústrias, interiorização da ação da FIEB e um projeto estadual para formação de mão-de-obra. O governador, por sua vez, parabenizou Carlos Gilberto Farias pela eleição, reiterou que não apoiou ninguém, mas que é salutar para a democracia a alternância de poder.

“Meu mandato tem prazo de validade: 31 de dezembro, mas até lá vamos continuar trabalhando. Temos um leque enorme de indústrias se instalando na Bahia e acredito que podemos trabalhar juntos em questões como interiorização e formação profissional. O objetivo do empresário é ganhar dinheiro, ter lucro. O nosso é de desenvolver a Bahia e gerar empregos para que todos ganhem. Não vou dar pitaco no que vocês devem fazer, mas o papel e do Governo e de entidades como a FIEB é dar respaldo e musculatura às micro e pequenas empresas”, disse Wagner.

COMISSÃO RATIFICA RESULTADO DA ELEIÇÃO

Com a decisão da Comissão Eleitoral de rejeitar as quatro impugnações apresentadas pela Chapa de José de Freitas Mascarenhas está ratificada a eleição de Carlos Gilberto Farias  para a presidência da FIEB no quatriênio 2014-2018. Ao rejeitar os pedidos de Mascarenhas, a Comissão argüiu que todas as posições foram respaldadas pela decisão do desembargador Norberto Frerichs, do Tribunal do Trabalho da 5a Região, que reconheceu, no dia do pleito, 28 de Janeiro, o direito de voto a todos os 41 sindicatos filiados à FIEB. Ainda de acordo com a Comissão, nenhum protesto contra a apuração dos votos foi apresentado pelos advogados e pelos fiscais da chapa de Mascarenhas, Wilson Galvão Andrade e Cleonyr Xavier Filho.

“As eleições foram presididas por uma comissão eleitoral 100% indicada por Mascarenhas, que ficou no comando da Federação e teve a seu favor toda a máquina da entidade. Não tivemos um só representante nela, mas que reconheço: fez um trabalho admirável, honestíssimo, informando às partes, julgando todos os recursos e estabelecendo procedimentos por unanimidade. É como se um time indicasse os três juízes da partida e ainda reclamasse dos gols sofridos”, diz o presidente eleito, Carlos Gilberto Farias.

Na impugnação ao voto do Sindicato da Indústria de Cervejas e Bebidas, representado pelo seu presidente, Jefferson Noya Costa Lima, a Comissão Eleitoral considerou-a improcedente  e ainda ironizou:  “A pretensão da chapa impugnante para que se considere em favor da Chapa encabeçada por José de Freitas Mascarenhas o voto do Sindicato de Cervejas e Bebidas é, com a devida vênia, de ‘CORAR UM ANJO DE PEDRA’”.

A Comissão volta a usar da ironia quando analisou a impugnação do voto do Sindicato da Indústria do Vestuário de Feira de Santana. Não só rejeitou, como considerou “RISÍVEL” o pedido da chapa de Mascarenhas de atribuir-lhe um voto que, supostamente, lhe seria desfavorável, contrariando o princípio do sigilo do voto. Segundo a Comissão Eleitoral, “não houve qualquer dúvida suscitada nem protesto ou impugnação nesta fase de apuração” desse voto, nem também contra os votos do Sindicato da Construção Civil de Ilhéus e Itabuna e do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Salvador.