Economia

Empresa paraense inicia estudos sondagens na Baía de Todos-os-Santos

Primeiro edital lançado e contratado detalhará características do fundo do mar da baía e cabeceiras da ponte Salvador – Ilha de Itaparica
Ascom Seplan ,  Salvador | 17/07/2013 às 21:31
Secretário Gabrielli assina contrato
Foto: DIV
Os estudos de sondagem no solo e subsolo da Baía de Todos-os-Santos (BTS), assim como nas áreas especuladaspotenciais das para construir as cabeceiras da ponte nos municípios de Salvador e Vera Cruz terão início imediato. Isso é resultado da ordem de serviço assinada pelo Governo do Estado nesta quarta-feira (17), com a empresa paraense Geofort Fundações, vencedora da licitação com o preço de R$ 7,7 milhões.

O evento foi realizado com a presença do vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar e do secretário do Planejamento e coordenador do projeto, José Sergio Gabrielli. De acordo com Gabrielli, “esse estudo se somará as informações já obtidas da geotecnia e a partir do tipo de rocha encontrada, vamos identificar o melhor tipo de tecnologia para a construção da ponte”, afirma

O engenheiro e diretor da Geofort, Fernando Navarro, também explica que a sondagem é fundamental para garantir a estabilidade e segurança do projeto de engenharia. Além disso, segundo estimativas governamentais, as estacas e fundações devem corresponderm a cerca de 40% do orçamento total da obra. 

O diretor explica que o trabalho consiste na perfuração, em terra, de dois pontos em cada margem das cabeceiras, em Gameleira, na Ilha de Itaparica, e no Comércio, em Salvador. “No mar, serão 20 furos ao longo do traçado preliminar da ponte, com até 120m de profundidade a partir da linha d’água, para avaliar presença de rochas sedimentares, trechos de lama e outras especificidades do solo”, afirma. 

Para tal, serão utilizadas balsas de até 8 metros de largura e 30 metros de comprimento, com equipamentos adaptados especificamente para este serviço. As equipes embarcadas terão de seis a oito pessoas, entre sondadores, engenheiro geotécnico, geólogo, auxiliares e marítimos, além dos profissionais que atuarão em terra firme. 

A empresa fará ainda estudos laboratoriais e produzirão os relatórios que darão subsídio ao projeto básico de Engenharia e aos estudos de impacto ambiental. 

Para o engenheiro, os principais desafios para entregar os resultados até dezembro serão as variantes naturais na baía, como a grande profundidade, os ventos, chuvas e marés. “Atrapalham, mas, como sabemos que podem ocorrer, elaboramos planos para contorná-los a fim de não interromper as atividades e seguir o cronograma”, afirma.

Quanto à navegação na BTS, Navarro explica que as sondagens não vão interferir no fluxo dos navios e barcos de menor porte, tendo em vista que a atividade será em pontos isolados. A Marinha do Brasil também receberá os Planos de Fundeio, que sinalizam o local e data das pesquisas para que os comandantes das outras embarcações sejam instruídos.

Já amanhã (18), técnicos da empresa percorrerão o trajeto previsto da ponte para marcação das coordenadas e um primeiro reconhecimento da área, condições de mar e principais rotas de navegação.