Ainda segundo Paulo César, a presidente da Petrobrás tomou conhecimento da gravidade que envolve o processo de contratação das terceirizadas
SL , Salvador |
16/07/2013 às 08:42
Diretores do Sindipetro com Graça Foster, presidente da Petrobras
Foto: DIV
O coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César, considera positiva e com resultados imediatos a reunião com a presidente da Petrobrás, Graça Foster, realizada nesta segunda (157), no Rio de Janeiro. Todo o staff da empresa participou do encontro: diretores de E&P, ABAST, Gás e Energia, Serviços e o gerente executivo de E&P NorteNordeste.
O diretor Formigli (E&P) esclareceu que não haverá transferência alguma do Cofip para o Rio de Janeiro e que não faz sentido levar o Tributário sem a Contabilidade, desautorizando qualquer especulação sobre esta mudança. Sobre a desativação gradativa em áreas da E&P e da sondagem na Bahia, os gerentes negaram as evidências reais, mas diante das denúncias dos dirigentes sindicais das demissões dos terceirizados e transferência de pessoal do quadro próprio, a presidente Foster determinou a apuração dos casos relatados. Ficou agendada para esta terça (167), nova reunião entre o Sindipetro, FUP e parlamentares, com o gerente Mauro Mendes, para apuração dos fatos.
Ainda segundo Paulo César, a presidente da Petrobrás tomou conhecimento da gravidade que envolve o processo de contratação das terceirizadas e das dificuldades financeiras de muitas delas, com demissões de centenas de trabalhadores, a exemplo da Lupatech, Sertel e BCH Energy, tanto nas áreas da E&P como na de sondagem. De imediato, ela determinou a prorrogação do contrato, por 30 dias, da Lupatech – que demitiria cerca de 300 trabalhadores já nesta terça - e a busca de alternativas.
Na carta entregue à Graça Foster, o modelo de contratação da Petrobrás, através do menor preço, é responsabilizado pela excessiva precarização das relações de trabalho na empresa. O modelo, diz Paulo César, leva as contratadas a rebaixar os preços para ganhar os contratos; posteriormente as empresas vencedoras não conseguem cumprir o acordado, são multadas, não pagam salários nem recolhem as obrigações previdenciárias e trabalhistas e ai quebram. A presidente da Petrobrás não somente concordou com o relato, mas também orientou ao diretor de Serviços que receba os representantes das empresas para reexaminar os preços dos contratos.
Acesse www.sindipetroba e leia na integra a carta entregue à presidente da Petrobrás.
PARTICIPANTES DA REUNIÃO
Participaram da reunião, pelo Sindipetro Bahia o coordenador Paulo César e os diretores Ubiranei Porto e Henrique Crispim; pela FUP, o coordenador João Antônio Moraes e o representante dos trabalhadores no CA, José Maria Rangel, pela CUT Bahia, Cedro Costa; os deputados Daniel Almeida (PCdoB),a senadora Lídice da Mata (PSB) os deputados federais Luiz Alberto (PT) e o estadual Rosemberg Pinto, a presidente da UPB, prefeita Maria Quitéria (PSB).
Pela diretoria da Petrobras, além da presidente Graça Foster, o diretor de E&P, Formigli, o diretor do ABAST, COnsenza, o diretor de Gás e Energia, Alcides, o diretor de Serviços, figueiredo, o gerente executivo de E&P NorteNordeste, Mauro Mendes e o diretor financeiro, Almir Barbassa.