A produção de abacaxi na região de Itaberaba, no início da Chapada Diamantina, pode ganhar um incentivo a partir de novembro de 2010 com a instalação de uma agroindústria para produção do fruto desidratado. A medida pode beneficiar associados da Cooperativa dos Produtores de Abacaxi de Itaberaba, com o processamento diário de quatro toneladas por duas máquinas de desidratar.

A agroindústria está sendo construída com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza em convênio com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). De acordo com informações da cooperativa, 21 pessoas serão empregadas no novo empreendimento após passar por capacitação, em parceria com o Sebrae.

O abacaxi que será desidratado tem menos de 1,1 kg e geralmente não é comercializado in natura. Esses frutos acabam sendo vendidos pelos produtores a preços considerados muito baixos, variando entre 8 e 12 centavos o quilo. Ao ser desidratado, o abacaxi poderá ser vendido entre 25 e 40 centavos o quilo. O produto desidratado pode ser vendido para a indústria de alimentos, fábricas de chocolate, lojas de conveniência, delicatessens, supermercados e empresas da área de panificação.   

Ao final do processo industrial, cascas, coroa e talo central serão destinados ao processo de compostagem para ser utilizado na adubação de lavouras ou alimentação animal. O período da safra vai de junho a dezembro. Para que o equipamento não fique ocioso no primeiro semestre do ano, está previsto para este período a desidratação de outras frutas como jaca, mamão, manga e bananas.