Economia

GERAÇÃO DE EMPREGOS DESACELERA NO PAÍS E BAHIA LIDERA NO NORDESTE

veja
| 19/08/2010 às 17:27
A construção civil lidera entre os segmentos produtivos na geração empregos
Foto: BJÁ

No mês de julho, o número de postos de trabalho gerados no estado da
Bahia foi de 8.137, elevando o acumulado dos sete primeiros meses deste
ano para 69.471 novos empregos. Com esse resultado, a Bahia mantém-se
líder absoluta na geração de emprego na Região Nordeste. Os números são
do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do
Trabalho e Emprego, divulgados hoje (dia 19), em Brasília.


De acordo com o Caged, houve expansão na economia baiana nos setores da
Construção Civil (+4.385 postos), dos Serviços (+3.104 postos) e da
Indústria de Transformação (+1.080 postos), cujos saldos superaram a
queda do Comércio (-856 postos). Nos últimos 12 meses, verificou-se
crescimento de 7,72% no nível de emprego com geração de 107.751 postos de
trabalho.

BRASIL


Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Ministério do Trabalho mostram que foram criados 181.796 postos de emprego com carteira assinada em julho deste ano. Com isso, a criação de empregos formais não bateu recorde para este mês.

Evolução empregosEvolução empregos (Foto: Editoria de Arte/G1)


O melhor julho da série histórica do Ministério do Trabalho, que começa em 1992, foi registrado no ano de 2008, quando foram abertas 203,21 mil vagas formais de trabalho. O emprego com carteira assinada registrou recordes seguidos, contra o mesmo mês de anos anteriores, entre janeiro e maio deste ano, interrompendo a sequência em junho.


Acomodação


"Há uma acomodação. Até o Henrique Meirelles [presidente do Banco Central] está otimista. Se ele está otimista, eu estou no céu. Vamos ter recordes sucessivos em agosto, setembro, outubro e novembro. Já teve a acomodação necessária e a indústria já está praticamente superando a sua capacidade de produzir, que foi a de 2007. O mercado consumidor também continua forte e há uma recuperação no mercado internacional", avaliou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.


Segundo ele, houve uma "adequação" do emprego formal nos dois últimos meses por causa do forte crescimento registrado no início de 2010. "Essa adequação já está feita. Estamos mal acostumados. Sempre recorde, recorde, recorde. Mas vamos voltar [a ter recorde] em agosto", acrescentou o ministro do Trabalho.


Os números do governo revelam, porém, que a criação de empregos foi recorde no período de janeiro a julho deste ano, quando foram abertas 1,65 milhão de vagas. O recorde anterior havia sido registrado em 2008, quando foram abertos 1,56 milhão de postos formais de emprego nos sete primeiros meses daquele ano.


Previsão para 2010


O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, declarou que está mantida a previsão de que sejam criados 2,5 milhões de empregos formais em todo ano de 2010. Se confirmada a marca, será novo recorde histórico. O atual recorde, para um ano fechado, foi registrado em 2007, com a abertura de 1,61 milhão de postos formais de emprego.


O Ministério da Fazenda, porém, prevê a abertura de 2,2 milhões de postos com carteira assinado neste ano, valor abaixo do previsto por Lupi.  "A Fazenda é sempre mais conservadora. Se você reparar, há um tempo atrás, eles não previam nem 2 milhões [de vagas em 2010]", disse o ministro.