Economia

ARRECADAÇÃO FEDERAL BATE RECORDE CON R$70.9 BILHÕES NO MÊS DE ABRIL

Veja
| 18/05/2010 às 11:26
A arrecadação federal - que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties - somou R$ 70,9 bilhões em abril deste ano, informou nesta terça-feira (18) a Secretaria da Receita Federal. Segundo o órgão, a arrecadação bateu recorde para meses de abril. A série histórica da Receita tem início em 1995.

Em março, a arrecadação somou R$ 59,41 bilhões.


Na comparação com o mesmo mês de 2009, o crescimento real da arrecadação (com valores já corrigidos pela inflação) foi de 16,7%, de acordo com o governo. A Receita Federal confirmou que a arrecadação vem batendo recordes, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desde outubro do ano passado. Deste modo, abril é o sétimo mês seguido de recorde.


Janeiro a abril


Nos quatro primeiros meses deste ano, a arrecadação de impostos, contribuições federais e demais receitas totalizou R$ 256,88 bilhões, com crescimento real de 12,52% frente ao mesmo período do ano passado. Esse também foi o melhor primeiro quadrimestre da história. Sobre igual período do ano passado, a arrecadação cresceu R$ 28,8 bilhões de janeiro a abril.


De acordo com dados da Receita Federal, a arrecadação dos quatro primeiros meses deste ano também foi impulsionada pelo parcelamento de débitos antigos das empresas, por meio dos programas do governo (Paes, Paex e Refis da crise). De janeiro a abril, esses programas trouxeram R$ 3,2 bilhões em arrecadação para o governo.


Crescimento econômico


A arrecadação vem crescendo neste ano embalada pelo crescimento da economia brasileira. Quando a economia cresce, aumenta a demanda por produtos e serviços, que têm impostos e contribuições embutidos em seus preços. Também cresceu a receita com os impostos sobre a mão-de-obra, como Imposto de Renda e a arrecadação da Previdência Social.


Além disso, em 2009, com a economia fraca, em consequência das turbulências externas, o governo arrecadou menos - o que também baixou a base de comparação. No ano passado, o governo também diminuiu tributos para estimular o crescimento econômico, fator que também contribuiu para baixar a arrecadação.


Dados já mostram, porém, o reaquecimento da economia neste ano. A produção industrial, por exemplo, cresceu 18,3% no primeiro quadrimestre, enquanto o volume geral de vendas subiu 16,09% e a massa salarial avançou 8,7%. Para o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo,  o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer, pelo menos, 6% neste ano, o que assegurará um crescimento sustentável da arrecadação.

"A arrecadação espelha o bom momento da economia. Neste ano, a arrecadação deverá crescer de 10% a 11% em termos reais. A arrecadação seguirá em ritmo sustentável. As eleições, eu acredito que não afetarão a arrecadação. Se houver agravamento da crise europeia que, em dimensão possa produzir efeitos na economia global, poderemos ter algum fator que afete o desempenho. Mas o mercado interno é tão vigoroso que eu acredito que, mesmo que haja algumas flutuações de fatores, a arrecadação deverá se manter pela pujança do mercado interno", avaliou Cartaxo