Economia

COOPERATIVISMO COMO PROPOSTA PARA GERAÇÃO RENDA, POR OHARA GRECE

vide
| 13/04/2010 às 23:14
Mais assistência técnica e orientação ao segmento da agricultura familiar na Bahia
Foto: AGECOM
Está acontecendo um movimento entre as organizações sociais da base,
especialmente no grupamento da agricultura familiar, algo em torno de
750 mil famílias, que pode modificar o panorama no âmbito do
cooperativismo no estado com ampliação do número de cooperativas e
mudanças na cultura do empreendedorismo no estado.

A Bahia, até em função da colonização portuguesa e do modelo escravista, sempre foi um estado pouco afeito ao cooperativismo.

Felizmente existem sinais de mudanças graças ao trabalho da Secretaria
da Agricultura do Estado, Sebrae, Secretaria estadual da Indústria,
Comércio e Mineração, a nova lei do cooperativismo aprovada pela
Assembléia Legislativa no ano passado e o incentivo a micro e pequenos
empresários com treinamento, linhas de crédito e organização.

É claro que ainda existe um longo caminho a percorrer e os dados são
imprecisos de quantos agrupamentos da agricultura familiar participam
desse novo modelo de organização associativa. Mas, a julgar pelos
empréstimos concedidos pelo BB para a aquisição de tratores e a
produção de produtos hortigranjeiros em forma cooperativada, mais de
80 financiamentos, os sinais são alvissareiros.

Outra vertente desse processo foi a iniciativa da Seagri em doar mais
de 40.000 cabeças de ovino-caprinos á famílias do semi-árido baiano e
incentivá-los a se organizarem melhor no sentido de obter uma maior
produtividade.

Esse trabalho junto às comunidades tem resultado em
boas iniciativas, com treinamento de pessoal, reuniões em associações
e nas comunidades mostrando que a união das pessoas e famílias em
torno de um programa cooperativo traz melhores resultados para todos.
Agora mesmo, a Seagri está incentivando a produção
familiar de algodão na região Sudoeste do Estado e dando incentivos na
direção do cooperativismo.

Ainda é cedo para se ter uma idéia dos resultados de toda
essa operação silenciosa em torno do cooperativismo e da mudança de
cultura no Estado da Bahia. Mas, vocês podem ter certeza de que é um
passo muito importante para o cooperativismo criar e estimular novas
formas associativas de produção além da geração de trabalho e renda
para população rural.