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Neste Carnaval, as cooperativas Amigos do Planeta,
Coopersf, Camapet, Canore e Recicoop, irão receber do Governo da
Bahia, uma linha de crédito de R$75 mil, valor decidido pela
Secretária do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e pela
Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia). Com este
empréstimo, será possível a compra do material coletado pelos
catadores avulsos, o estoque dos resíduos sólidos para que sejam
vendidos após o período da festa, quando o valor das latinhas tem o
seu preço elevado.
As latinhas recolhidas são vendidas por quilo, composto de 65
latinhas. O preço varia entre R$1,50 a R$2,00, dependendo de quanto à
matéria prima virgem esteja sendo cotada.
Em 2000 foram produzidos 9,5 bilhões de latas. As indústrias de
reciclagens movimentam a quantia de US$ 110 milhões por ano e empregam
150 mil pessoas, segundo dados da Associação Brasileira de Alumínio.
A porcentagem de latas de alumínio recicladas no Brasil em 2000 -
apenas dez anos depois do aparecimento desse material no país - foi de
80%, um recorde entre os países mais populosos do mundo, segundo
informações da agência Associated Press.
O Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia desenvolve a campanha O
trabalho decente preserva o meio ambiente, realizada desde 2004. O
principal foco é a diminuição dos impactos ambientais causados pelo
descarte inadequado durante o carnaval, melhores condições de
trabalhos dos catadores avulsos e cooperativados e estabelecer uma
relação de comércio justo e solidário.
Trabalho Infantil - Para evitar a exploração infantil, as cooperativas
não compram o material coletado por crianças. Geralmente os menores
que conseguem trabalhar são os maiores alvos de violência, devido a
tornarem-se invisíveis no meio da grande multidão. "Pelo fato de as
crianças não conseguirem vender suas latas, elas acabam sendo
intermediadas pelos atravessadores, que as compram e tiram sua parte",
explica Santana.