A proposta é criar um fundo social que servirá para incentivar a educação, combater a pobreza e contribuir para a sustentabilidade ambiental, levando os benefícios da nova descoberta, hoje concentrados ao longo dos 800 quilômetros entre Espírito Santo e Santa Catarina, para todos os estados.
Para Wagner, independente de onde esteja o novo patrimônio, a riqueza deve servir para favorecer o povo brasileiro. "O que importa é que o Brasil, agora, tem uma nova riqueza. Não importa em que estado ela esteja concentrada. Precisamos fazer com que estes recursos sirvam para melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro e diminuir as diferenças culturais".
O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, afirmou que a exploração do pré-sal na Bahia possibilitará ao estado uma maior expansão no setor da indústria naval. "O impacto desta exploração será em toda a cadeia produtiva da Bahia, em especial da indústria naval. O ritmo de construção de estaleiros depende da iniciativa da própria indústria naval".
A Bahia pode ser um dos estados a fazer parte da Era Pré-Sal. Na Bacia do Jequitinhonha, Costa da Bahia, a Petrobrás continua realizando perfurações devido a indícios de óleo na região. De acordo com Gabrielli, já foram perfurados mais de 2.700 metros. O seminário contou ainda com a participação da governador do Piauí, Wellington Dias.
Pré-Sal
A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos).
O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo. Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.