Veja
Mensagem:
Meu compadre Gerebinha, fazendário não é de hoje, telefonou-me aflito depois de ler o texto que assinei neste espaço, no último dia 14/10. Com sua preocupação sincera de amigo, disse temer retaliações por parte do sindicato dos agentes de nível médio.
Tranqüilizei-o. Afinal, antes de se aborrecer com meus humildes escritos, os dirigentes do Sindsefaz precisariam entendê-los, o que não lhes será nada fácil, dada a ausência de ilustrações. Aliás, esse sindicato dos agentes cada dia me impressiona mais. Nervoso não fico, por não ser de minha natureza, mas ainda me choco quando seu peleguismo tangencia a chacota, como na pesquisa que ontem vi em seu site.
Transcrevo a pergunta: "A Sefaz diz ter dificuldades técnicas para pagar a diferença do subteto (Mar/Ago-09), após aprovação do PL 18.292/09. Que acha se negociássemos, já, essa diferença por um maior subteto em Mar/10?" Seguem as duas únicas respostas disponíveis: 1) Boa idéia; 2) Vou pensar melhor.
A que ponto chegamos! Fico imaginando que o sindicato dos agentes de nível médio hoje manipula sua fiel e idiotizada massa de seguidores tão à vontade que, ao fazer uma pseudo-pesquisa destinada a legitimar mais um ato de traição aos interesses da categoria que deveria defender, não se dá nem ao trabalho de prever uma resposta contrária às suas macabras intenções.
Cui bono? (atenção dirigentes do Sindsefaz: não confundir com palavras de baixo calão; esta é uma expressão latina que significa -A quem aproveita?) Além dos próprios dirigentes do Sindsefaz e do partido a que é ligado, abrigados em cargos de direção, a quem interessa seu comportamento pelego? Lutei anos, desde os tempos da Faculdade de Economia, por um sindicalismo livre. O Sindsefaz transformou minha luta em piada. Afinal, trata-se, sem dúvida, de um sindicato livre. Mas livre de ética; livre de escrúpulos; livre de bom senso...
(Antonio Vieira, economista, Salvador, por email)