A participação da região cacaueira da Bahia no 14º Salão do Chocolate de Paris, que acontece de 14 a 18 deste mês, no Parque de Exposições da Porte de Versailles da capital francesa, foi anunciada nesta quinta-feira (8), durante coletiva para a imprensa concedida, em Itabuna, pelos novos diretores do Instituto Biofábrica de Cacau, que assumiram o órgão no final de setembro último. O diretor-geral da Biofábrica, Henrique Almeida, que também é presidente da Associação dos Produtores de Cacau, afirma que o evento é de importância para a lavoura cacaueira.
Além de Henrique Almeida, participaram da coletiva os diretores da Biofábrica, Durval Libânio, da área técnica e Robson Magalhães, do administrativo-financeiro; o superintendente regional da Ceplac, Antônio Zózimo de Matos Costa e o presidente do Instituto Cabruca, Dário Ahnert, instituições parceiras da Biofábrica na luta pela reestruturação da lavoura cacaueira.
O diretor-geral do Instituto Biofábrica relatou o caminho percorrido pelos novos diretores para assumir a gestão. "Nossa indicação aconteceu como fruto do trabalho feito até aqui pelas instituições que representamos (APC e Cabruca), sem apradinhamentos políticos", ressalvou Henrique Almeida, sublinhando que o compromisso da gestão é com a cacauicultra.
Trabalhar em parceria com as instituições regionais, contribuindo para a aproximação entre elas e descobrir novos canais de financiamento para os projetos da Biofábrica foram os destaques da fala de Henrique Almeida. "Vamos olhar para frente. O retrovisor só será usado para evitar erros do passado", ressalta.
Pagamento de débitos
Questionado sobre os salários de funcionários em atraso e dívidas com fornecedores que herdou da gestão anterior, Henrique Almeida garantiu que a meta é quitar os débitos. Outra prioridade nessa área é a revisão do regime trabalhista vigente na Biofábrica, regido pela CLT. "Vamos propor, dentro das leis, que pelo menos os diretores não tenham mais esse vínculo", disse ele.
Durval Libânio falou sobre o salto de qualidade que o Instituto Biofábrica planeja no atendimento aos produtores rurais. "O interesse coletivo tem que estar no primeiro plano", pontuou. O diretor-técnico da instituição adianta que serão intensificadas ações para organizar os produtores e promover o diálogo entre as instituições representativas da lavoura. "Nossa idéia é resgatar o patrimônio social, agrícola e ambiental da cacauicultura".
Confiança
Os parceiros Antônio Zózimo e Dário Ahnert afinaram o discurso em torno da confiança que a Ceplac e o Instituto Cabruca têm na nova gestão da Biofábrica. "Acho que este será um novo momento para a cacauicultura, pois estas pessoas que assumiram o instituto têm mérito, competência, dedicação e criatividade para enfrentar os problemas e encontrar soluções", disse Dário Ahnert. E o superintendente da Ceplac reforçou, lembrando que isso só será possível se a parceria entre as instituições for mantidO.