Economia

SEFAZ VÊ BONS SINAIS NA RECUPERAÇÃO DA QUEDA DE ARRECADAÇÃO

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| 01/09/2009 às 19:20

Mesmo com uma queda de arrecadação de R$ 56 milhões em relação a igual período do ano de 2008 (conforme anunciado em primeira mão pelo Bahia Já), a arrecadação estadual do mês de agosto foi comemorada pelos técnicos da Sefaz que acreditam que a economia está reagindo à crise, com melhora acentuada nas atividades comerciais e de serviço e com recuperação gradual para a indústria.


Na opinião do secretário da Fazenda, Carlos Martins, a subida dos preços das comoditties, aliada ao acompanhamento constante das grandes empresas, ajudaram a reduzir os efeitos danosos da crise aos cofres públicos.


Com um aumento nominal de arrecadação de 2,43% em relação ao mês de mês de julho, deste ano, o resultado de agosto foi interpretado positivamente pelo superintendente de Administração Tributária da Sefaz, Cláudio Meirelles, que destacou o crescimento da arrecadação no Comércio no mês de junho de 19,35% em relação a 2008, e no acumulado de janeiro a junho atingindo 10,88%, fazendo com que a Bahia se destacasse entre os Estados do Nordeste.
 
"Apesar da arrecadação baiana não ser tão dependente do Comércio como os demais estados nordestinos, esse percentual deixa a Bahia com a 2ª maior participação no Comércio em todo o Nordeste", disse Meirelles.


ATENÇÃO ESPECIAL

Para diretor de Assuntos Parlamentares do IAF, o Auditor Fiscal Maurício Ferreira, no entanto a historia é bem diferente. Para ele a situação financeira do estado continua merecendo atenção especial, em virtude de não conseguir reagir com a mesma intensidade dos principais estados brasileiros aos efeitos da crise, o que leva a discordar da declaração dos dirigentes.

Para ele, dois dados objetivos e concretos deveriam ser analisados na formulação das considerações técnicas sobre a matéria: primeiro a arrecadação ter caído mais de R$ 56 milhões a igual período do ano anterior, elevando significativamente o déficit orçamentário e, segundo, o fato da Bahia passar a ter a "2ª maior participação no Comércio do Nordeste" - este fato, sem dúvidas, é uma grande derrota, pois sempre ocupamos a primeira posição, tanto em valores nominais, como em taxas de crescimento, disse Ferreira.


Afirmando que a Bahia carece de investimentos na área produtiva, capazes de alavancar a arrecadação e colocar o estado novamente na rota de crescimento, o dirigente citou Pernambuco e Maranhão, como exemplos de estados que conseguiram elaborar uma estratégia de crescimento econômico, mesmo diante da crise -  claro que contando com o apoio do Governo Federal, ressaltou o sindicalista.