Apesar do secretário estadual da Fazenda, Carlos Martins, ter divulgado que a economia baiana estaria reagindo e voltando a crescer, inclusive com aumento nominal de arrecadação de no mês de julho de 1,21 % com relação a igual período do ano passado, os números apresentados no site do tesouro (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/), revelam que as transferências constitucionais da União para a Bahia no mês de julho caíram R$ 63,5 milhões, com relação à julho de 2008, valor muito superior ao festejado aumento de R$ 10 milhões na arrecadação do ICMS.
Segundo informações do site oficial, a queda foi generalizada em todas as rubricas de transferências constitucionais, e contribui para agravar o clima de insatisfação que já começa a pairar sobre o Palácio de Ondina, bastante pressionado pela Polícia Militar e outras categorias, que esperam, urgentemente, por propostas de reajustes salariais.
A notícia da queda do valor das transferências é preocupante, pois, a economia baiana havia voltado a crescer e o estado voltaria a ter suas contas equilibradas. O governo certamente teme que a queda de receitas faça com que voltem os atrasos junto aos fornecedores.
As maiores perdas se concentraram no FPE e FUNDEB, com R$ 32,616 milhões e R$ 17,167 milhões, respectivamente, porém todas as rubricas tiveram significativas reduções, inclusive o IPI-EXP e a CIDE, com quedas de 42,67% e 31,12%. Agrava-se a situação a expectativa da redução de quase 50% na exportação de veículos para o mês de agosto, que poderá ter um efeito direto nos índices de atividade industrial e de pesquisa industrial de empregos e salários.
Agora todos os holofotes se voltam para o desempenho da arrecadação no mês de agosto, quando o estado terá que superar a marca dos R$820 milhões.