Economia

CELULOSE MANTÉM LIDERANÇA NAS EXPORTAÇÕES BAIANAS NO 1º SEMESTRE

Veja resultados com matéria do Promo
| 13/07/2009 às 18:06
 O setor de papel e celulose mantém a liderança das exportações baianas no primeiro semestre deste ano. Com vendas de US$ 613,1 milhões, o setor tem 22% de participação na pauta. O setor agrícola, como um todo (incluindo algodão, soja, sisal, cacau, café e frutas), responde com 24,4% da pauta de janeiro a junho, com vendas de US$ 688,2 milhões, beneficiado pela recuperação de preços e do aumento das compras chinesas.
 

As informações foram divulgadas pelo presidente do Promo, Ricardo Saback, ao anunciar os resultados da balança comercial da Bahia no primeiro semestre, que registrou um superávit de US$ 951 milhões, 2,5% menor do que no mesmo período do ano passado. A corrente de comércio no semestre foi de US$ 4,7 bilhões, resultado das exportações de US$ 2,8 bilhões e das importações de US$ 1,9 bilhão.


"Com o melhor resultado mensal de 2009, as exportações baianas em junho atingiram US$ 569,7 milhões, superando em 24,9% o resultado do mês anterior", afirma Ricardo Saback, ressaltando que as vendas externas foram lideradas pelo complexo da soja (grão, óleo e farelo), com vendas de US$ 140 milhões e crescimento de 17%. "No ano, a soja e seus derivados registram crescimento de 52,5%, fruto de uma boa safra e de valorização frente a preços praticados no final de 2008", explica.


Manufaturados

Já as exportações de produtos manufaturados no semestre vêm perdendo terreno com a crise financeira e a participação no total da pauta caiu de 54,5% em 2008 para 42,8% este ano. "Estes produtos sofrem o impacto não só da crise financeira, mas também da valorização do real frente ao dólar, que o torna mais caro no exterior", esclarece Saback.


Quanto aos destinos das exportações baianas, o primeiro semestre registrou um crescimento significativo para a China (64,9%) e a Ásia (40,5%). Vale registrar que as exportações para a China foram de US$ 479,7milhões de janeiro a junho, com destaque para celulose (US$ 229,1 milhões), catodos de cobre (US$ 114 milhões), soja (US$ 46,4 milhões) polietileno (US$ 21,8 milhões) e algodão (US$ 11,4 milhões).


Nesses seis meses, a Ásia foi o pólo mais receptivo para as exportações baianas, com a China na posição de principal mercado para as vendas além do crescimento vigoroso dos negócios com a Coréia do Sul (281,8%), Indonésia (140,8%) e Emirados Árabes (305,6%).


Para os mercados tradicionais, a Bahia teve uma redução nas vendas para os Estados Unidos (57,8%), Argentina (33,8%), Mercosul (34,4%), União Européia (52,6%) e América Latina (32,1).


Em relação às importações, houve redução de 43,6% no semestre, totalizando US$ 1,9 bilhão. A partir do segundo semestre, Ricardo Saback acredita que as importações serão estimuladas "pela recuperação da economia doméstica e do câmbio favorável, principalmente para os bens de consumo, adubos e fertilizantes que, apresentaram tímida importação no primeiro semestre e devem se recuperar no segundo semestre, incentivadas pelo bom desempenho dos produtos agrícolas".