Economia

PREÇO PETRÓLEO REGISTRA QUEDA NESTA SEGUNDA FEIRA E PREOCUPA PETROBRAS

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| 06/07/2009 às 14:14

O preço do petróleo registra queda nesta segunda-feira, sob o efeito (como no caso dos mercados financeiros) do aumento da desconfiança dos investidores sobre o ritmo da recuperação da economia global. Se a recuperação da recessão em curso for mais longa que o esperado, o mercado de energia (em particular o do petróleo) pode permanecer fraco por um tempo também prolongado.


Às 13h47 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em agosto, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 64,20, em baixa de 3,79%. Até o horário, o preço máximo atingido pelo barril era de US$ 67,17 e o mínimo, US$ 63,40.


Desde o início deste mês o preço do petróleo na Nymex já acumula queda de 8%.

"As evidências recentes a respeito da economia dos EUA são terríveis. As notícias a respeito da Europa não são melhores", disse à agência de notícias AP (Associated Press) o economista Philip Verleger. "Isso sugere que o consumo de petróleo continuará em declínio por mais um ano."


DIMINUIÇÃO
DE CONSUMO

No último dia 29, a IEA (Agência Internacional da Energia, na sigla em inglês) corrigiu para baixo suas perspectivas de consumo mundial de petróleo até 2014. Em um relatório, a agência informa que em nenhum caso se repetirá a situação de 2008, quando a capacidade de produção de petróleo era de apenas 3,1% superior à demanda, o que contribuiu muito para que o barril de chegasse a quase US$ 150.


No entanto, prevê que depois da diminuição do consumo que está acontecendo neste ano --a demanda ficará em 83,21 milhões de barris diários após os 85,76 milhões de 2008-- os números deverão se recuperar lentamente, e com elas voltará a diminuir a proporção de produção extra.


Os dados mais recentes a desanimar analistas e investidores foram os do mercado de trabalho na Europa e nos EUA. Na semana passada o governo americano informou que o país perdeu 467 mil postos de trabalho, e a taxa de desemprego chegou a 9,5%, contra 9,4% em maio. O dado superou o referente a maio, que mostrou a eliminação de 322 mil vagas (dado revisado para baixo; a leitura inicial era de perda de 345 mil).

a Eurostat --a agência europeia de estatísticas-- informou, por sua vez, que as vendas varejistas na zona do euro tiveram recuo de 0,4% em maio na comparação com o mês anterior. Em ritmo anual, as vendas em maio caíram 3,3%.