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"Apenas 3 a 5% do que é produzido fica com o produtor de cacau. A maior
parte fica com a indústria e o comércio. Fazer crescer esse percentual,
aumentar a produtividade e a lucratividade são os grandes desafios que
temos que enfrentar".
A afirmação foi feita na manhã desta segunda-feira,(15), pelo secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Roberto Muniz, ao participar da abertura do Workshop Internacional sobre Políticas do Cacau, promovida em Salvador, no Bahia Othon, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mapa, e pela Aliança dos Países
Produtores de Cacau, Copal.
Falando para representantes dos governos de Camarões, Costa do Marfim,
República Dominicana, Gabão, Malásia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, e
Togo, países que com o Brasil formam a Copal e juntos produzem 24 milhões
de toneladas/ano de cacau, (75% da produção mundial), o secretário Roberto
Muniz destacou a necessidade de qualificar a produção e verticalizar a
cadeia, estimulando a instalação de indústrias de chocolate.
"Não é justo exportar nossa amêndoa e recebê-la de volta com outro nome. Precisamos
ampliar nossa participação no mercado consumidor".
PAISES DA ALIANÇA
O workshop, promovido pelo Mapa e pela Copal, prossegue até o dia 19 com o
objetivo de definir uma postura harmônica nas políticas dos países membros
da Aliança para um posicionamento firme diante do mercado mundial."O
mercado consumidor dita o preço, diz quanto quer pagar. Temos que romper
esta amarra", afirma o secretário. Do encontro iniciado hoje sairá um documento
para balizar a posição da Copal durante a conferência internacional
marcada para acontecer nos dia 16 a 21 de novembro deste ano, na
Indonésia.
Participaram da abertura do evento, além do secretário Roberto Muniz, o
diretor da Ceplac, Jay Wallace da Silva e Mota, representando o ministro
da Agricultura; o presidente da Assembléia Geral dos Países Produtores de
Cacau, Enselme Gouthon; o secretário geral da Copal, Sona Ebai; a
superintendente federal da Agricultura no Estado da Bahia, Maria Delian
Sodré; o presidente do Comitê Científico da Copal e pesquisador da Ceplac,
João Louis Pereira; o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do
Cacau, Fausto Lavigne Pinheiro; o presidente da Associação dos Produtores
de Cacau, Henrique Almeida, e o presidente da Federação da Agricultura do
Estado da Bahia, João Martins, dentre outras autoridades.