Economia

EXEMPLO ESFORÇO COOPERATIVISTA NO BAIXO SUL DA BAHIA, POR OHARA GRECE

Ohara Grece é nossa colunista de cooperativas
| 02/06/2009 às 10:10
Com apoio da Fundação Odebrecht jovens debatem cidadania no Baixo Sul
Foto:
   A assinatura do convênio de cooperação entre o Banco do Brasil e quatro Cooperativas do Baixo Sul da Bahia, a Cooprap (Cooperativa das Produtoras e Produtores da Área de Proteção Ambiental do Pratagi); Coopemar (Cooperativa Mista de Marisqueiras,

Pescadores e Aquicultores do Baixo Sul da Bahia), Coopatan (Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves) e Coopalm (Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia) tendo como interveniente a Fundação Odebrecht é um desses raros momento do cooperativismo baiano.


  A iniciativa vai possibilitar o apoio a mais de 1.100 cooperados quanto ao financiamento de atividades produtivas, com a contratação de operação de crédito rural via Pronaf, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, no montante de R$7 milhões, sendo R$1.3 mil para operação de crédito e R$5.7 mil para aplicação em investimentos.


   Essa é uma boa notícia diante das dificuldades por que passa o movimento cooperativista baiano, embora haja esforços isolados do Sebrae e da OCEB, além da lei de apoio ao cooperativismo aprovada pela Assembleia Legislativa e já sancionada pelo governador Wagner para tentar reverter esta situação.


   O que representa de mais significativo nessa operação entre o Banco do Brasil e as quatro cooperativas baianas, pouco comum no meio econômico do estado, é o fato de que, por detrás dessas quatro cooperativas está o papel de interveniente da Fundação Odebrecht, coordenando, integrando e avaliando o andamento das ações previstas e liderando o apoio técnico às cooperativas na montagem e estruturação dos Fundos Garantidores ou de aval.


  Todo mundo do meio cooperativo no Baixo Sul sabe da paixão que Norberto Odebrecht tem por essa região do Estado onde tem feito investimentos vultosos e organizando as comunidades, haja vista, entre outros o projeto de parceria entre IBF e Odebrecht na instalação de círculos de leituras em Igrapiuna.


  São projetos estruturantes que visam dar dignidade às pessoas ensinando-lhes os caminhos para melhorar as suas qualidades de vida através da produção.


   E nada melhor do que se estruturem em cooperativas que, embora venham passando por dificuldades em todo o país, ainda continuam sendo uma forma de inserir as pessoas de baixa renda no mercado de trabalho devolvendo-lhes auto estima e mostrando o quanto se pode crescer e produzir quandos todos se reunem em torno de um objetivo comum.

   Mas é claro que para se ter sucesso num mercado tão competitivo e agressivo tem que se ter apoio, capacitação e orientação técnica e isso a  Fundação Odebrecht vem desenvolvendo com grande maestria.


  Portanto seria interessante para o sistema cooperativista baiano que as Empresas e Fundações que ainda não desenvolvem este tipo de ação, copiassem o exemplo da Fundação Odebrecht, das 4 cooperativas do Baixo Sul e do Banco do Brasil.

  O Brasil dá os primeiros sinais de que está começando a recuperar seus indicadores econômicos pós crise mundial da economia e o cooperativismo baiano tem que ficar atento a esse movimento e se inserir nesse contexto.