Economia

ADAB TRABALHA PARA COMBATER NOVA PRAGA COCHONILHA NOS ALGODOEIROS

Vide
| 14/05/2009 às 17:03
Visando combater a Cochonilha do algodoeiro, nova praga que começa a
preocupar pesquisadores e produtores de algodão do estado, a Secretaria da
Agricultura (Seagri) por meio da Agência de Defesa agropecuária da Bahia
(Adab), participa no auditório da Abapa, no município de
Guanambi, de uma reunião para traçar as diretrizes de defesa fitossanitária.

Além da Adab, participaram do encontro, técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário (EBDA), da Associação baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e produtores da região. A reunião terá a participação também do pesquisador
da Embrapa/Algodão, Carlos Alberto Domingues que, durante os trabalhos,
realizará coletas da planta para análises laboratoriais.

Segundo o diretor geral da Adab, Cássio Peixoto, trata-se de uma nova
espécie de cochonilha, cujo nome científico é Planococcus minor. "O inseto
suga a seiva das plantas, enfraquecendo-as, e em grandes infestações,
causa o seu definhamento e morte. Apesar da praga já estar atacando, há um
certo tempo, outras culturas, a exemplo do café, só recentemente foi
detectada no algodão. Diferentemente de outras pragas, o inseto ataca
todas as partes da planta como haste, folha, caule, botão e, no caso do
algodão, é capaz de infestar as plantas mesmo quando os capulhos já se
encontram abertos", detalha o dirigente.

Dia de Campo

A Adab intensificou o monitoramento e a fiscalização no Vale do Iuiú, já
que a região é produtora de algodão e tem como característica peculiar a
agricultura familiar. Os agricultores serão orientados por técnicos da
Adab, quanto às técnicas de manejo para controle da cochonilha que destrói
as plantações de algodão.

Para o diretor de defesa vegetal, Armando Sá, uma das principais medidas
de defesa fitossanitária adotadas pela agência é chamada Dia de Campo, que
acontece periodicamente nas regiões produtoras, e faz parte das ações do
Projeto Fitossanitário do Algodão. “A meta da Adab, com o programa é
proporcionar para a cotonicultura da região, de base familiar, uma maior
competitividade nos mercados locais e nacionais”, definiu.

Produção

Na Bahia a maior produção de algodão, encontra-se nas regiões Oeste e
Sudoeste, porém suas características são peculiares e bastante definidas.
No Oeste, a produção é baseada na tecnologia mecanizada, onde alcança em
média de produtividade cerca de 265 arrobas por hectare, atingindo o
volume de 1 milhão de toneladas de algodão em caroço por safra.

Destaques são os municípios de Barreiras, São Desidério, Formosa do Rio
Preto, Luis Eduardo Magalhães, Riachão das Neves, Correntina e Jaborandi.
A cultura localizada no oeste do estado equivale a 90% de todo o algodão
da Bahia, ocupando uma área de 300 mil hectares.

Já na região sudoeste prevalece a agricultura familiar com cerca de 700
famílias produtoras de algodão. A maior concentração dessa cultura na
região encontra-se no vale do Iuiú, com 12 mil hectares da planta.
A Bahia é atualmente o segundo produtor nacional de algodão, contribuindo
com 30% da produção do país.