Economia

CRESCIMENTO DA CHINA RECUPERA EXPORTAÇÕES BAIANAS NO MÊS DE ABRIL

Vide
| 08/05/2009 às 14:10
O ritmo acelerado de crescimento da China ajuda a equilibrar economia baiana
Foto: ARQUIVO

A retomada do ritmo forte de crescimento na China impulsionou a recuperação das exportações baianas no mês de abril. "O país aumentou em 675% as compras de produtos baianos (cobre, celulose, algodão, resinas plásticas), posicionando-se como nosso principal mercado", afirmou o presidente do Promo - Centro Internacional de Negócios da Bahia, Ricardo Saback, ao divulgar os resultados da balança comercial da Bahia em abril, que totalizaram US$ 780,2 milhões, sendo US$ 480,2 milhões com exportações e US$ 300 milhões com importações.


Para Saback, "a recessão econômica nos Estados Unidos nos leva a encarar o consumo chinês como uma oportunidade de reduzir os danos da queda do intercâmbio global de produtos e serviços, minorando os efeitos recessivos, principalmente entre os países produtores de matérias primas, como o Brasil. A Bahia, que tem um perfil exportador baseado em commodities, também se beneficia do crescimento chinês."


EXPORTAÇÃO

Após desabarem em janeiro em função da crise financeira internacional, as exportações baianas vêm, mês a mês, registrando evolução, superando em 1,13% o volume de março. Desde o início do ano, as exportações acumulam até abril US$ 1,8 bilhão em receitas, o que é, entretanto, 31% inferior ao desempenho de igual período de 2008.


Segundo o gerente de Estudos e Informações do Promo, Arthur Souza Cruz, o melhor desempenho no mês de abril coube ao algodão: "com vendas de US$ 17,6 milhões, o produto teve um incremento de 285% em relação ao mesmo mês em 2008, impulsionadas por maiores compras chinesas e aumento de 3,15% no preço médio".


No total, os principais produtos exportados foram os petroquímicos, que lideraram as vendas com US$ 98,4 milhões, seguido de celulose com US$ 89,6 milhões, petróleo e derivados com US$ 62,4 milhões, produtos metalúrgicos com US$ 45,7 milhões e o setor automotivo, que apresentou o seu melhor desempenho mensal este ano: US$ 43,8 milhões.


IMPORTAÇÃO

De acordo com análise do Promo, a crise econômica diminuiu fortemente o ímpeto importador que a Bahia vinha exibindo até o terceiro trimestre do ano passado. As importações tiveram redução de 22,8% em abril em relação a março e de 48,7% no resultado acumulado dos primeiros quatro meses do ano.


No mês passado, com exceção dos automóveis, cujas compras cresceram 3,2%, todos os principais produtos tiveram retração, principalmente as importações de minério de cobre  (-53,7%), nafta (-48,9%), cacau (-25,2%), além de combustíveis e componentes para a indústria de informática, resultado da redução do nível de atividade econômica interna, da queda de preços e, em grande medida, da valorização do dólar em relação ao real.


Por conta da maior redução nas importações que nas exportações no quadrimestre, a balança comercial do estado fechou o período com um superávit 58% acima de igual período do ano passado, totalizando US$ 680,3 milhões.


COMÉRCIO EXTERIOR DA BAHIA

JAN./ABRIL - 2008/2009




(VALORES EM US$ 1000 FOB)

DISCRIMINAÇÃO

2008

2009

VAR. %

EXPORTAÇÕES

2.610.095

1.797.299

-31,14

IMPORTAÇÕES

2.179.333

1.117.024

-48,74

SALDOS

430.762

680.275

57,92

CORRENTE DE COMÉRCIO

4.789.428

2.914.323

-39,15

FONTE: MDIC/SECEX, DADOS COLETADOS EM 07/04/2009



ELABORAÇÃO: PROMO - CENTRO INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS DA BAHIA


OBS.: IMPORTAÇÕES EFETIVAS, DADOS PRELIMINARES