Economia

GREVE NA CONSTRUÇÃO PESADA PARA OBRAS DO GASODUTO DA PETROBRAS

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| 16/04/2009 às 14:08
Nesta quinta-feira (16), após votação em assembléia realizada pelo
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas,
Pavimentação, Obras de Terraplanagens e Manutenção Industrial da Bahia -
SINTEPAV, aproximadamente dez mil trabalhadores responsáveis pela obra
do Gasoduto nas cidades de Santo Amaro, Humildes, Santo Antonio de
Jesus, Gandu, Itabuna, Eunápolis, Itamaraju aderiram à greve da
construção pesada.

A greve que teve início na terça-feira já paralisou as principais obras
no estado, na capital baiana as obras paralisadas são o Emissário
Jaguaribe, Metrô, Tecnovia, Realeza e a Sumac. De acordo com estimativas
do sindicato, aproximadamente 35 mil trabalhadores estão em greve no
estado.

As principais reivindicações dos trabalhadores são: 14% de
reajuste; cesta básica de R$ 130,00; horas extras de segunda a sexta as
duas primeiras horas 60% e terceira a 100%, sábados a 100%, domingos e
feriados a 130%; contrato de experiência de 30 dias, assistência médica e
odontológica, jornada de trabalho de segunda a sexta, entre outras.
Gasoduto - A obra do Gasoduto faz parte do Plano de Aceleração do
Crescimento (PAC), tem 1.100 km de extensão e recebeu o investimento de R$
3, 2 bilhões.
 
"Não podemos aceitar que uma obra de 3,2 bilhões, realizada
pela Petrobrás, as empresas atente contra a dimensão do trabalho decente
cujo alicerce é a garantia dos direitos fundamente, inclusive a
negociação", afirma o presidente do Sintepav, Bebeto Galvão.


Interior 

A paralisação tem avançado no interior, a categoria também está
em greve nas cidades de Esplanada, Irará, Cardeal da Silva, Araçás,
Pojuca, Juazeiro e São Desidério.

O setor da construção cresceu 8% em 2008 no Brasil e na Bahia, no
primeiro semestre do mesmo ano, correspondeu a 7,1%. O governo manteve e
ampliou investimentos através do PAC, como garantia do aquecimento do
setor e acaba de anunciar com recursos do FGTS na construção de um
milhão de moradias. O estoque de empregos, conforme recente pesquisa
retomou o patamar de junho de 2008, o que indica manutenção e ampliação
dos investimentos previstos.

O setor da construção responde por 16% do PIB brasileiro e a aposta do
governo com os investimentos e anúncios de estímulos, permitirá ao setor
um crescimento maior em 2009, contribuindo para manutenção do crescimento
médio do PIB brasileiro.

"Para os trabalhadores, o importante momento do setor nos desafia a
transformar a riqueza produzida pelos trabalhadores em salários dignos,
saúde e redução da jornada de trabalho. Esses dados econômicos, por si só,
mostram ser possível os empresários concederem nossas reivindicações",
declara Bebeto Galvão.