Economia

ODEBRECHT DÁ INCENTIVO AO COOPERATIVISMO NA BAHIA, POR OHARA GRECE

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| 11/04/2009 às 17:59
Produção industrial associada ao cooperativismo e integrada ao setor secundário da economia
Foto: Foto: Arquivo
Em entrevista recente no OI publicada neste site, o presidente do Conselho de Administração das Organizações Odebrecht, Norberto Odebrecht, afirmou, entre outras preciosidades, que as cooperativas são a base do modelo de desenvolvimento sustentável que promovem melhores condições de absorver os excluidos.
Partindo-se uma observação dessa natureza de um empresário do porte de Norberto Odebrecht, cujas organizações realizam um Programa de Desenvolvimento Integrado na região do Baixo Sul do Estado, o Sistema Cooperativista só tem a agradecer, sobretudo na Bahia, onde ainda não tem a mesma musculatura de sistemas assemelhados em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Daí a importância das observações do empresário baiano referendadas na certeza de que o caminho para o desenvolvimento tem que ser harmônico, com ênfase no humano e no social, tendo como foco a unidade familiar e sua organização em cooperativas, buscando oportunidades de tabalho e renda, e formando novas gerações estruturadas.
Temos comentando aqui neste espaço que, diante da crise internacional da economia e do modelo individualizado do trabalho, da procura de novas oportunidades num mercado que se transforma, e estamos diante de uma mudança radical nesses mecanismos, as cooperativas são os caminhos mais adequados para participar desse novo momento.
Quando o empresário Norberto Odebrecht diz, também na entrevista do IO que, toda riqueza vem da produção, pois, é ela que comanda o espetáculo, as cooperativas são modelos de produção, quer voltadas para as áreas de alimentos e bebidas e outros; quer para os segmentos dos serviços - transporte, educação, saúde e demais.
Se não há um produto gerando riqueza e distribuição da renda de forma organizada, e isso se consegue com as cooperativas, a ação individual passa a ser mais limitada e sujeita as intempéries do mercado, como está acontecendo agora, com a perda de muitos empregos.
Ademais, os programas de apoio do governo do tipo bolsa família, bolsa escola e outros, eles contribuem para amenizar a pobreza, mas, se revelam insuficientes na medida em que não produzem riqueza, não há um esforço em torno da produção.
Daí que esses programas tendem a ser, como são, apenas uma ajuda às famílias, sem representar um avanço nas relações sociais e de produção, embora, o governo tenha acenado que vai fazer complementariedades visando exatamente a cooperação e a produção.
As cooperativas, estas sim, se integram as cadeias produtivas e aos setores secundários e terciários da economia, e temos aqui na Bahia alguns exemplos desse processo, não só do caso de Pratagi, que tem o apoio da Odebrecht, mas, de outros modelos que estão em curso, atuando com a cultura do cravo-da-Índia, na região de Valença; do caju, no Nordeste da Bahia; e do pescado no extremo-Sul da Bahia.
As declarações de Norberto Odebrecht, um mega-empresário com empresas voltadas para a engenharia e a petroquímica, preferencialmente, são um sopro de estimulo ao cooperativismo baiano, organização que se estrutura para exportar tecnologia social com base no modelo cooperativado que implantou no Baixo Sul da Bahia.