Economia

SALDO COMERCIAL DA BAHIA CRESCE 113.4% NO TRIMESTRE, AFIRMA PROMO

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| 08/04/2009 às 16:16
Desempenho positivo para o mercado de papel e celulose com US$353 milhões
Foto: Foto: Divulgação

Ainda que a conjuntura desfavorável pela crise financeira internacional tenha motivado queda nos resultados do comércio exterior, a Bahia conseguiu fazer no primeiro trimestre um superávit de aproximadamente US$ 500 milhões, 113,4% maior do que no mesmo período do ano passado, segundo a assessoria do PROMO.


Em março, as exportações cresceram 5,5% (totalizando US$ 475 milhões) e as importações 80,6% (US$ 389 milhões), garantindo o saldo comercial de US$ 86 milhões.  "Esse resultado pode indicar o início de uma tendência para os próximos meses, na medida em que o pior da crise parece estar passando", afirma Ricardo Saback, presidente do Promo - Centro Internacional de Negócios da Bahia.


Celulose teve
crescimento nas
exportações


O desempenho positivo das exportações no primeiro trimestre ficou por conta do setor de papel e celulose, com US$ 353 milhões, o que representa 10% de incremento sobre o mesmo período do ano passado. "O setor lidera desde 2008 a pauta de exportações baianas, resultado dos investimentos realizados e da alta produtividade que a cultura tem em solo baiano", explica Ricardo Saback.


Também tiveram bom desempenho no trimestre outros produtos da agroindústria como a soja, com US$ 98,5 milhões (+306,4%) e o algodão, com US$ 51,6 milhões (+126,3%). Em relação aos mercados compradores, vale destacar a posição da China, que elevou as compras da Bahia em 5,6% no período e já se posiciona como segundo maior mercado para os produtos baianos.


Redução no comércio
de produtos industriais


Apesar do superávit comercial, as vendas externas da Bahia mantiveram no acumulado do trimestre o ritmo de queda registrado desde o início do ano. As exportações recuaram 32,8% em relação ao mesmo período de 2008 e as importações foram 52,6% menores. Caíram principalmente as vendas de petróleo e derivados, automóveis, produtos metalúrgicos e petroquímicos.  Conseqüência, de acordo com o presidente do Promo, "da retração econômica global e da queda de preços internacionais de commodities e de produtos industriais"


Pelo lado das importações, as maiores quedas foram na área de combustíveis e lubrificantes, matérias primas e bens intermediários e bens de consumo duráveis. Na análise do Promo, esse resultado se deve "a redução do nível de atividade econômica interna, a redução de preços e, em grande medida, a valorização do dólar em relação ao real".