Economia

PRAGA MONILIASE DO CACAUEIRO SERÁ DEBATIDA NA CEPLAC DIAS 10 E 12

vide
| 06/02/2009 às 12:50
 

A Monilíase se constitui numa séria ameaça para cacauicultura brasileira.
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), CEPLAC, e o Governo da Bahia, representado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), promovem de 10 a 12 deste mês, no auditório Hélio Reis de Oliveira, do Centro de Pesquisas do Cacau, na sede regional da CEPLAC, rodovia Ilhéus-Itabuna, o II Encontro de Trabalho sobre Moniliase do Cacaueiro.


O evento terá a participação exclusiva de técnicos das instituições envolvidas e de convidados. O objetivo é estabelecer um plano de controle para a doença que, segundo o Diretor-Técnico da CEPLAC, Manfred Müller, tem causado grandes preocupações, pois a proximidade da enfermidade na fronteira do Brasil com a Colômbia, Peru e Bolívia, representa uma ameaça à introdução da doença no Brasil.


Müller informa que a Monilíase é uma das enfermidades mais agressivas do cacaueiro e de mais difícil controle. A doença é causada por um fungo que infecta exclusivamente frutos de cacau e outras espécies de plantas do gênero Theobroma, destruindo as amêndoas.


TONELADAS

A cacauicultura brasileira é responsável por 160 mil toneladas de cacau/ano, gerando 140 mil postos de trabalho e receita de aproximadamente R$ 794 milhões. No Sul da Bahia, a cacauicultura se constitui na principal atividade da economia, representando um volume de aproximadamente 120 mil toneladas, com 80 mil empregos e R$ 579 milhões de receita, além da manutenção e conservação da Mata Atlântica. 


No Espírito Santo, a área de cacau representa 21.268 hectares, envolvendo 645 propriedades e responsável pela geração de cinco mil empregos diretos. A produção, a depender das condições climáticas, varia de sete mil a 14 mil toneladas.

Na Amazônia, a cacauicultura está distribuída em torno de 100 mil hectares, com produção anual de 60,7 mil toneladas de cacau.

Somente no estado do Pará, a cadeia produtiva do cacau oferece cerca de 30 mil empregos diretos e a renda média dos produtores gira em torno de R$ 2 mil.